Prácticas de lectura y escritura - Universidades Lectoras

valorização (“bastante” e “muito” importante) obtemos
61,1% nos alunos da Univ. e 58,4% nos alunos do IP.
Tendencialmente, a análise dos dados relativamente
aos sujeitos maiores de 25 anos, em relação às oito categorias
definidas, ao contrário do que esperávamos, corresponde
sempre às tendências gerais. No caso do grupo do
ensino politécnico, apenas um sujeito, o único oriundo da
área do Desporto no ensino secundário, revela sempre preferência
por leituras especializadas ao nível dos jornais
e revistas, mas todas elas ligadas ao desporto (os jornais
“A Bola “ e “Record” e as revistas “Surf” e “Bodyboard”); é
também este sujeito o único que indica uma frequência de
leitura mais elevada, apesar de não ser diária (aos fins-desemana).
Outro sujeito desta faixa etária coloca no mesmo
nível de importância, o máximo (na escala de 1 a 5), todas
as dimensões apontadas como passíveis de serem importantes,
colocando assim o obter conhecimentos, o sucesso
profissional e outras dimensões “utilitárias” em pé de
igualdade com o prazer da leitura.
Ora, esta tendência já referida para a valorização da
dimensão do prazer é, de qualquer forma, um resultado que
nos pode deixar um pouco perplexos, já que as frequências
de leitura que verificámos na categoria VII apontam para
leituras pouco regulares, o que não é muito consentâneo
com esta valorização do prazer.
Parece-nos que há uma forte consciência de que a leitura
pode ser fonte de prazer, mas da consciência à prática
verifica-se que há um longo caminho a percorrer.
Como, na categoria VI, os espaços exteriores preferidos
para todos os alunos é a praia e, sobretudo no caso
dos alunos do IP, a frequência de leitura (categoria VII) é
maior nas férias, poderemos problematizar a questão da
organização curricular e ocupação de tempo que os actuais
Ângela Balça - Paulo Costa - Natividade Pires - António Pais
251