14.04.2013 Views

In pulverem38 - Othoniel Menezes

In pulverem38 - Othoniel Menezes

In pulverem38 - Othoniel Menezes

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Morre a fé, mente o amor. <strong>In</strong>sano e lento,<br />

sobe, então, do calvário, ao firmamento,<br />

o extremo apelo, entrecortado de ais...<br />

Em vão! Sobre este inferno imenso e torvo, 47<br />

e cruento, a voz fatídica do corvo,<br />

sempre a grasnar o anátema 48 – JAMAIS!<br />

II<br />

O que há de a alma escolher, em tanto engano?<br />

Se uma hora crê, de fé, logo duvida.<br />

Se procura... só acha o destino!<br />

A. de Quental<br />

Pobre! queimam-te o cérebro, estas cismas<br />

em que aprofundas todo o pensamento!<br />

– a lei universal do sofrimento<br />

é um labirinto de milhões de prismas!<br />

Buscas, de queda em queda, e em treva, o alento<br />

a esta revel 49 pergunta em que te abismas:<br />

– “De onde vim? - Aonde irei?”... – Bebe o<br />

tormento,<br />

no Estige 50 inesgotável dos sofismas!<br />

De que te serve o facho da consciência<br />

se a essa, que arrastas, mísera existência,<br />

não dás beleza e nem finalidade?<br />

103

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!