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In pulverem38 - Othoniel Menezes

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que me orgulham e me confortam, publico no livro a minha ‘Praieira’,<br />

que me tem dado muitas vezes, noite alta, enquanto um<br />

violão soluça na rua solitária, a ilusão efêmera da popularidade”....<br />

A vibração positiva do momento deve ter animado o poeta à produção<br />

de novos versos que deveriam compor dois outros livros<br />

que teriam os títulos de Ara de fogo e Abysmos.<br />

Como era de praxe, na época, os versos eram primeiro submetidos<br />

à apreciação pública através dos jornais da cidade. Depois é que<br />

seriam definitivamente enfeixados em livros. Em 21 de janeiro de<br />

1923 sai publicado, no A República, o soneto “Clóris”, com a indicação<br />

do Ara de fogo. Até julho daquele ano, com a publicação do soneto<br />

“Mon Droit”, no mesmo jornal, <strong>Othoniel</strong> completou quatorze<br />

poemas que comporiam o Ara de fogo. Já em primeiro de agosto o<br />

soneto “Ruína Sagrada” indica a origem: Do Abysmos, conforme a<br />

grafia do momento. Foram ao todo cinco poemas publicados até<br />

janeiro de 1924, destinados àquele livro. Ainda em 1923 o jornal A<br />

República publica algumas outras poesias sem referência ao livro a<br />

que se destinavam. Seriam poesias esparsas ou, por engano ou omissão,<br />

pertenceriam também aos livros Ara de fogo ou Abysmos? Não é<br />

fácil saber-se. A coincidência com a publicação das poesias anteriores<br />

levam a crer que poderiam pertencer ao conjunto que formariam<br />

os dois livros planejados. Assim, concluiu-se por incluir, junto<br />

ao Ara de fogo e Abysmos, mais algumas produções de <strong>Othoniel</strong><br />

<strong>Menezes</strong>, com a segurança de que foram elas, igualmente, da lavra<br />

de 1923.<br />

Através desses antigos poemas poder-se-á reafirmar a qualidade<br />

da arte de <strong>Othoniel</strong> <strong>Menezes</strong>, que somente voltaria a se manifestar<br />

trinta anos mais tarde no Sertão de espinho e de flor e no livro A canção<br />

da montanha, seu último livro, publicado em 1955, com a segunda<br />

edição em 1980. À época da feitura dos poemas do Ara de fogo,<br />

Abysmos e destes Esparsos foi, portanto, o ano de 1923. Não é preci-

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