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In pulverem38 - Othoniel Menezes

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Viver de amor (Antítese)<br />

Não me deras, ainda, alma celeste,<br />

O sol do teu amor que me ilumina<br />

E faz brotar, no meu calvário agreste,<br />

De uma flor de cicuta, uma bonina!<br />

Cravo branco a florir na fantasia<br />

De minha lira rude e apaixonada!<br />

Que tormento, se fores, algum dia,<br />

Uma saudade roxa e envenenada.<br />

Senhora de minh’alma e destes versos.<br />

Escuta o que a ilusão canta em meu peito:<br />

– “Teus olhos nos meus olhos sempre imersos!<br />

um sonho só de amor e o mesmo leito!”<br />

Um momento sem ti – que mágoa imensa!<br />

Que tempo imenso de infelicidade!<br />

– Para viver de amor, só a presença;<br />

– Para viver de amor... nunca a saudade<br />

Longe do teu amor sincero e amante<br />

A saudade não basta à minha dor:<br />

Quero ver-te de perto, instante a instante!<br />

– Para viver de amor... só mesmo o amor!<br />

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