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In pulverem38 - Othoniel Menezes

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424<br />

– Diz-que conde o Gargaieira 151<br />

tivé cheio, uma cardeira<br />

de Pernambuco vai vim,<br />

com todos aviamento,<br />

pra mode tê, c’um talento,<br />

orpala, zéfe e murim... 152<br />

– Dia São-Nunca, de tarde...<br />

– Póde sê... – Jóca, num marde!<br />

– Num tô cachopano, não! 153<br />

– Cadê parede, seu Néio?<br />

Lá, só tem é ferro véio,<br />

mundiça nos barracão! 154<br />

– Este açudão se fazia<br />

e era da noite pru dia,<br />

se o Zé Amérco num sai!<br />

– Esse, sim, tinha vontade!<br />

Ah, doutouzão sem bondade!<br />

Pru sertão foi quaje um pai!<br />

– Gunverno é lá pai que preste!?<br />

– É fruita que dá no agreste;<br />

inxerga nunquinha nós?<br />

– Pra quem dôce é xiquexique,<br />

é desaforo e dibique.<br />

mé-de-assucra com fiós!<br />

– Matuto é o irmão jumento!<br />

Come péda, arrota vento,<br />

de nascido inté morrê.<br />

Mimo, pra bicho ingeitado,

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