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In pulverem38 - Othoniel Menezes

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806<br />

no, era o árdego Chantecler 83 da tribuna política, patativa dos salões<br />

no floreio dos brindes, paladino flamante do grão-senhor do<br />

condado, e sempre com uma rosa de retórica na ponta do florete.<br />

Antônio de Souza (o “Polycarpo Feitosa” que, depois, escreveu<br />

Flor do sertão, Gizinha, Gente arrancada, Moluscos, magníficos romances<br />

regionais que não lograram, nem podiam lograr, na “Esquina”,<br />

o julgamento que lhes tributou, entre outros, um Afrânio Peixoto)<br />

assinava um artigo diário na A República, e muitos deles em<br />

adorável francês. Eloy de Souza, autor e defensor, na Câmara Federal,<br />

do projeto de combate às secas – obra vigorosa, de síntese<br />

científica e sóbria beleza literária –, elogiada por especialista da<br />

altura de Roderic Crandall; 84 egresso da Europa e do Egito, aonde<br />

fora em estudos experimentais do problema, já brilhava singularmente,<br />

com todas as poderosas e complexas qualidades inatas<br />

que lhe conquistaram o justo título de mestre, entre os nossos<br />

jornalistas. Castriciano, no recato do florido pseudônimo de Rosa<br />

Romariz, firmava crônicas deliciosas, eruditas, em puro estilo<br />

renaniano, quanto à forma, enquanto que, no substractum 85 espiritual,<br />

docemente impregnado de sutil religiosidade, de penetrante<br />

misticismo cristão aflorando, como a redolência 86 dos jasmins na<br />

mansuetude da tarde, nas páginas incomparáveis que então escreveu,<br />

ao regressar da Palestina. Talvez já sob os favores da Lei 145,<br />

de 6 de agosto de 1900 – que obriga o Tesouro a custear a edição<br />

de livros de escritores do Estado ou nele residentes há mais de<br />

dez anos, 87 – publicava Iriações, Vibrações, Ruínas, Mãe.<br />

Saíam à luz o Horto, de santa Auta de Souza, com um mesquinho,<br />

centimetral prefácio de Olavo Bilac (perante Castriciano, mais<br />

tarde, o nababo da Via Lactea penitenciou-se da sovinice, confessando<br />

que era o suavíssimo oblacionário 88 da “cotovia mística das<br />

rimas” o seu livro de cabeceira); Cismas, do irrequieto Juvenal<br />

Antunes, 89 vivaz antecedência doméstica de Pitigrilli, 90 traduzido

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