14.04.2013 Views

In pulverem38 - Othoniel Menezes

In pulverem38 - Othoniel Menezes

In pulverem38 - Othoniel Menezes

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

326 Absinto. Sentimento de tristeza; amargura (sentido figurado).<br />

327 OM, ao que tudo indica, “segurou” as acusações ao “Doutor Eloy” até a<br />

morte de Henrique Castriciano (26 de julho de 1947) – irmão do político<br />

e amigo fraterno, manso, bom, superior, seu sereno “Mestre” enquanto<br />

viveu. Eloy de Souza, por sua vez, aparentemente, não deu atenção, não<br />

reagiu, pelo menos de pronto – ver-se-á, adiante –, aos ataques, publicados<br />

nos dois últimos capítulos do ensaio, quinzenalmente, em 1948. Preferiu<br />

ignorá-los para não polemizar. Ou, matreiramente, aceitou a carapuça.<br />

Por outro lado, não foi possível precisar as datas, no jornal O Democrata.<br />

Não encontrou este anotador a coleção do jornal, apesar dos esforços. Em<br />

27 de outubro do ano citado (1948), uma carta de Eloy a Adauto Câmara<br />

(Uma Viagem Pelo Arquivo Epistolar de Adauto da Câmara, Raimundo Soares<br />

de Brito, 2ª. Edição, 2001 – Coleção Mossoroense) dá notícia sobre versos,<br />

manuscritos, de Henrique Castriciano – certamente a pedido do próprio,<br />

antes de morrer –, confiados “a <strong>Othoniel</strong> <strong>Menezes</strong>, a quem entreguei<br />

uma lente para facilitar a tarefa”, revelando que “todo o trabalho já<br />

está quase feito e uma parte já está datilografada”. Adiante, aludia, ainda, o<br />

festejado autor do Calvário das Secas, à “letra miudinha e trêmula que deu<br />

trabalho ao poeta <strong>Othoniel</strong> <strong>Menezes</strong>”. Antes, ou depois, das verrinas<br />

othonielianas? As diferenças entre “Doutor Eloy” e o poeta da “Praieira”<br />

não se cingiam apenas ao “caso Itajubá”. Filho de republicano, João<br />

Felismino de Melo – correligionário e amigo de Pedro Velho, representante<br />

da oligarquia no Seridó, administrador de Mesas de Rendas, delegado<br />

de Polícia, chefe político, casado com uma prima legítima de José<br />

Augusto, compadre de Juvenal Lamartine e amigo do próprio Eloy –<br />

<strong>Othoniel</strong> <strong>Menezes</strong>, à exceção de Alberto Maranhão, como jornalista e<br />

sem levar em conta todas essas ligações, sempre combateu, duramente, o<br />

clã de Pedro Velho e seus representantes. Depois da Revolução de 1930,<br />

cafeísta (“péla-bucho”), continuou a fustigar os grupos remanescentes, os<br />

“decaídos”, os “perrepistas” – e Eloy de Souza era um desses, de carteirinha.<br />

A verdade é que, apesar de todos esses pesares, os dois “contendores”, em<br />

tempo algum se intrigaram, definitivamente. Cumprimentavam-se<br />

educadamente, respeitosamente, quando se encontravam. Mesmo depois<br />

de Eloy ir à forra, solenemente. A história era contada como estória, e<br />

narrada sob boa dose de risadas, inclusive as do próprio <strong>Othoniel</strong>. Presidente<br />

da Caixa Econômica no Rio Grande do Norte, cargo equivalente,<br />

hoje, a superintendente regional do banco estatal, um belo dia, por insis-<br />

881

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!