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In pulverem38 - Othoniel Menezes

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312<br />

No melhor da risadagem,<br />

rompe a calma da paragem<br />

o tereré 18 dos mocós. 19<br />

– Cascavé! –, diz a da blusa.<br />

– A cobra, num dou fiúza! 20<br />

– São Bento protege nós...<br />

(Um canção, 21 de sentinela,<br />

acua o ofídio. Martela,<br />

rasga o toque de reunir.<br />

Acodem cem passarinhos,<br />

chia, tudo! Entre os espinhos,<br />

a cobra toca a fugir).<br />

Terra e gente – madornando. 22<br />

O mormaço, formigando,<br />

cai sobre o imenso geral.<br />

Longe, em saudosa surdina,<br />

um carro de boi rechina... 23<br />

Rescende, o marmeleiral. 24<br />

Lento, o córrego perlonga 25<br />

os umaris. A araponga<br />

canta, no ermo do confim.<br />

Canta? – aço líquido entorna<br />

sobre invisível bigorna,<br />

limando: – rren-im...rren-im...<br />

Depois, sob a sucupira,<br />

uns favos de jandaíra, 26<br />

na barreira do riachão.

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