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In pulverem38 - Othoniel Menezes

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Foi a gota d’água. Ofendido, <strong>Othoniel</strong> resolve retomar ao Rio<br />

de Janeiro e contatar o senador Dinarte Mariz, seu velho amigo e<br />

admirador. Lá chegando, em 25 de março de 1962, encontrou<br />

um carro oficial do Senado a esperá-lo no aeroporto e Dinarte o<br />

levou pessoalmente a um médico famoso, seu amigo, dando-lhe<br />

toda a assistência de que necessitava. Os exames a que se submeteu<br />

revelaram que era portador do Mal de Parkinson, enfermidade<br />

de difícil cura e custosa manutenção.<br />

Mesmo recebendo o que de melhor era possível no Rio de<br />

Janeiro, a saúde do poeta se agravava e sua poesia se restringia a<br />

versinhos circunstanciais e quadrinhas para as netas que chegavam<br />

para lhe dar a alegria que a sua cidade negara.<br />

Em 19 de abril de 1969, falece em sua residência, no apartamento<br />

201 da rua Queiroz Lima, 18, no bairro do Catumbi. Seu<br />

atestado de óbito indica edema agudo do pulmão e infarto do<br />

miocárdio. Foi sepultado no Cemitério São Francisco Xavier.<br />

Recolhendo os objetos e documentos que deixara sob sua guarda,<br />

seu filho Laélio encontrou a caderneta com as poesias, as páginas<br />

já amareladas, manchadas e emendadas com fita adesiva. Guardou-a<br />

carinhosamente, como lembrança viva de uma sensibilidade<br />

que morrera. Minucioso trabalho de recuperação feito por<br />

computador permitiu limpar o manuscrito de suas manchas. Depois,<br />

foi necessário reavivar-se o que escreveu, cobrindo-se com<br />

tinta cada letra de cada verso.<br />

Graças a isto, foi possível dar-se a público esta edição.<br />

Para que os leitores possam melhor lembrá-lo, além do seu<br />

conteúdo poético, eis o livro em edição fac-similar; a expressão<br />

da sua sensibilidade, por sua própria mão, poderá levar, ainda mais,<br />

a conhecer a intimidade informal do poeta.<br />

Cláudio Galvão<br />

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