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In pulverem38 - Othoniel Menezes

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será o 3º volume dessa bela coleção de História e Folclore, anteriormente<br />

já integrada por obras de outros escritores potiguares, entre eles o próprio<br />

sr. Aluízio Alves, com Angicos, a mais bela e a mais completa monografia<br />

da importante série." (A República, 06 de março de 1949)<br />

Foi o próprio Antônio Pinto que, em 1952, quando diretor do Departamento<br />

de Imprensa, sob o governo de Sílvio Pedroza, tomou a iniciativa de<br />

publicar uma 1ª. edição deste livro. Por falta de verba, o volume foi impresso<br />

em papel de imprensa.<br />

O tempo passou. OM, entre 1950/1951, morou no Rio de Janeiro, a<br />

chamado de Café Filho. Desconfiado, não procurou o deputado Aluízio.<br />

Com a ajuda do poeta José Jannini, amigo de infância, muito bem relacionado<br />

com vários intelectuais cariocas – entre eles Álvaro Mereyra – conseguiu<br />

obter a informação da direção da Editora José Olympio. Decepção<br />

total! O parlamentar angicano faltara com a verdade: o livro nunca fora<br />

entregue para publicação.<br />

Da raça irritável dos poetas (genus irritabili vatum), ferido nos brios, decepcionado,<br />

retornando a Natal, contou a decepcionante história para os<br />

mais íntimos – muitos poucos, por sinal – e aguardou uma oportunidade<br />

para, publicamente, desmascarar Aluízio. Passados meses, aparece para<br />

visitá-lo, na rua Correia Teles, o poeta e jornalista pernambucano Mauro<br />

Mota, com quem se correspondia há alguns anos. A ele, Mauro, na presença<br />

de Esmeraldo Siqueira, deu uma longa entrevista para um dos jornais<br />

do Recife. Aproveitando a oportunidade, descascou tudo, com detalhes!<br />

A partir daí, Aluízio Alves passaria a ser apenas uma lembrança, uma amizade<br />

que não tinha dado certo. Não por ele, <strong>Othoniel</strong> – que ainda recordava<br />

o menino vivo e inteligente, o mensageiro dos "perrés" espancado<br />

nas escadarias do jornal A República, o jovem brilhante que aos dezoito<br />

anos escrevera o Angicos.<br />

O governador que veio do sertão do Cabugi – um inovador da administração<br />

do Estado, reconheça-se –, era, sob outro prisma, sem sombra de<br />

dúvida, pouco fiel às suas amizades mais antigas.<br />

Eloy de Souza, varão sempre sereno e perspicaz, raposa "perrepista"<br />

juramentada, desde priscas e diluvianas eras, um ícone da política e do<br />

jornalismo potiguares, mistagogo maior do então neófito Aluízio – de<br />

calças curtas no Partido Popular e no jornal A Razão –, tinha lá, também,<br />

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