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In pulverem38 - Othoniel Menezes

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Mamulengo: Calunga, boneco (marionete). Alusão, na sextilha,<br />

a um dos fogos de artifício exibidos na festa.<br />

Putici (Potici): Grande quantidade, multidão.<br />

Mulher-dama: Prostituta.<br />

Bromar: Degenerar (desonerar), falhar.<br />

Lodaça: Veja-se anotação à palavra goga, em Notas ao Canto 4.<br />

Diale: Diabo. Veja-se anotação à palavra droga, no Canto 4.<br />

Pinicar: Beliscar. Bater rápido, miúdo. Significa, também, esporear<br />

vivamente a montada. No argot 73 automobilístico, a expressão,<br />

já de há muito circula pacificamente, na significação de acelerar<br />

a marcha, chispar, enrolar, queimar, pisar.<br />

Carrilhão: Lira. <strong>In</strong>strumento de percussão, usado antigamente<br />

nas bandas de música. Tinha o formato de uma lira, alongada, com<br />

barras paralelas, de metal niquelado, diminuindo de tamanho em<br />

direção ao ápice, e nas quais batia o músico, com uma hastezinha<br />

de ferro.<br />

São Marcelino: Todo este poema, desde a primeira página, vêse<br />

logo, é uma apologia, uma defesa do sertão e da admirável gente<br />

– vítimas, imbeles 74 e resignadas, do celerado abandono a que,<br />

de trezentos anos a esta época de atômica superfetação 75 da democracia,<br />

os relegaram, os políticos e o governo da república;<br />

vítimas da imbecil ironia de muitos “escritores’ e “poetas” grã-finos,<br />

irmãos desnaturados, caluniadores de Jeca Tatu e Manoel<br />

Xiquexique, que aqui continuam a lutar sozinhos, pegando queda<br />

de corpo com o sol, para gáudio do parasitismo dourado dos “mestiços<br />

neurastênicos do litoral”.<br />

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