14.04.2013 Views

In pulverem38 - Othoniel Menezes

In pulverem38 - Othoniel Menezes

In pulverem38 - Othoniel Menezes

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Notas (de Tarcísio Gurgel)<br />

1 Há, na crônica familiar um episódio reproduzido pela pesquisadora Águeda<br />

Zerôncio no livro <strong>Othoniel</strong> <strong>Menezes</strong> (publicado na coleção Nossos Clássicos)<br />

pela Editora Universitária em 1955, bem ilustrativo disso: conta-se<br />

que quando ele nasceu foi alvo de um vaticínio que a vida acabou confirmando:<br />

o de que haveria de ser um poeta.<br />

2 O soneto “Ícaro” revela alguns indícios curiosos da complexidade<br />

inicialmente assinalada. Este vôo de sonho, que tem por característica ser<br />

condoreiro, é um bom exemplo. Para não falar que o aspecto<br />

morfossintático, tocado pelo motor da juventude (“é por ela que, ao sol<br />

da mocidade/ à orquestração fremente dos meus hinos/ – tento a escalada<br />

da Imortalidade!”) é pouco, muito pouco parnasiano.<br />

3 A edição de Gérmen é da Tip. Atelyer M. Victorino. Seguem-se: Jardim<br />

tropical – Recife, Imprensa <strong>In</strong>dustrial – I. Nery da Fonseca, 1923; Sertão de<br />

espinho e de flor – Natal, Departamento de Imprensa, 1952 (a edição foi<br />

doada a uma associação espírita, como contribuição do autor à construção<br />

de um albergue); A canção da montanha – Natal, Departamento de Imprensa,<br />

1955. O poeta deixou inúmeros poemas esparsos e vários originais<br />

inéditos, objeto de importante pesquisa de Cláudio Galvão.<br />

4 Vibrações – Natal, Empresa da Gazeta do Comércio, 1903 (edição patrocinada<br />

pelo Grêmio Polimáthico)<br />

5 O aparente pedantismo vocabular é, segundo creio, a principal marca da<br />

opção parnasiana de <strong>Othoniel</strong> <strong>Menezes</strong>. Num ensaio intitulado “Ferreira<br />

Itajubá”, o procedimento chega a ser provocativo, se pensamos no tipo de<br />

publicação em que foi veiculado: o jornal. <strong>Othoniel</strong> não faz por menos e<br />

vergasta a mediocridade provinciana com termos como: próvidas, hégira,<br />

sorna, estercoário, palingenésia, abantesmas, expluir, acatassolam, drósera,<br />

corrilhos, diátese, etc., um estranho vocabulário que, paradoxalmente,<br />

devia deixar fascinado o leitor, igualmente ao que sempre ocorreu com a<br />

recepção da poesia insólita de Augusto dos Anjos.<br />

6 Op. cit.<br />

7 O elenco de citações e dedicatórias nesse livro é imenso. Sintomaticamente<br />

<strong>Othoniel</strong> destaca uma em versos, “À altíssima memória de Bilac”,<br />

mas seguida de uma transcrição de outros tantos do poeta Fagundes Varela.<br />

8 Merece todo o reconhecimento, quer pela seriedade com que vai às fon-<br />

47

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!