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In pulverem38 - Othoniel Menezes

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414<br />

e num tem mái rezadô...<br />

– Um buraquim, um tarugo, 69<br />

o argente diz que é refugo,<br />

resgateia, que é um horrô!<br />

– Se inda eu fosse arriquirido 70<br />

pra foimá nargum partido,<br />

o mais carranca – 71 era cá!<br />

Pru Brasí, agrado e tudo.<br />

Mái, pra galego frucudo, 72<br />

quirí e pau de jucá! 73<br />

– Ocês, tudo, é uns ponta-limpa! 74<br />

bode veiáco é quem grimpa 75<br />

nos taiadão 76 dos mocó,<br />

assim que os cadélo 77 late...<br />

– E, as uveia? É um disquilate! 78<br />

chega vira o mocotó... 79<br />

– Já num viro, criatura,<br />

que hai fiança mai segura,<br />

do que galão no boné?<br />

Apois eu, mermo tapado, 80<br />

tenho um fio pra sordado:<br />

vai chegá sê Canrrobé... 81<br />

– Pode sê...tudo contéce.<br />

Carrapicho tomém crece<br />

onde dá mio e feijão...<br />

– Nu gunverno Artu Bernarde, 82<br />

duma menhã p’ruma tarde,<br />

Lampião 83 foi capitão!

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