14.04.2013 Views

In pulverem38 - Othoniel Menezes

In pulverem38 - Othoniel Menezes

In pulverem38 - Othoniel Menezes

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

542<br />

sentar um autor sobejamente conhecido, como querer preconizar<br />

um pobre nome. De conseguinte, quem não nos tacharia de<br />

idiota qualquer apresentação do mais popular e consagrado dos<br />

nossos poetas?<br />

Do operário ao chefe do governo, passando por todas as camadas<br />

e posições sociais, só adventícios e forasteiros poderão desconhecer<br />

o autor da Praieira. Não se trataria, portanto, de simples<br />

apresentação, mas de estudar-lhe criteriosamente a obra e a personalidade.<br />

Esse estudo há de vir a tempo. Por enquanto, estamos<br />

apenas dando uma notícia do seu estro a propósito dos seus livros<br />

mais recentes.<br />

Desde o Gérmen, livro de estréia, publicado em 1918, <strong>Othoniel</strong><br />

<strong>Menezes</strong> não cessou, até hoje, de cultivar as Musas e de sacrificar<br />

Mamon ao divino Apolo. Os jornais e as revistas de Natal continuaram<br />

a estampar-lhe os lindos poemas, antes de se editar em 1923,<br />

o seu segundo livro – Jardim tropical – que sobrepujou o sucesso<br />

do primeiro e satisfez plenamente as esperanças de Henrique<br />

Castriciano que, no prefácio do Gérmen, augurara a <strong>Othoniel</strong> um<br />

glorioso futuro. O poeta, nos anos seguintes, não descansou sobre<br />

os louros conquistados. Prosseguindo em seu fecundo labor através<br />

de mil vicissitudes, organizou mais três volumes de poesias:<br />

Sertão de espinho e de flor, A cidade perdida e A canção da montanha.<br />

Dos dois primeiros, o segundo, ainda inédito, contém composições<br />

à altura das dos nossos melhores poetas nacionais, tal a substância<br />

do pensamento e o aticismo parnasiano. O primeiro, lisonjeiramente<br />

prefaciado por Luis da Câmara Cascudo, são setissílabos<br />

impecáveis que justificam em tudo o título do poema. Por fim, A<br />

canção da montanha, o volume que seguirá logo para o prelo, depois<br />

de terminadas estas palavras em forma de prefácio.<br />

A que escola poderá ser filiado este novo livro de <strong>Othoniel</strong><br />

<strong>Menezes</strong>?<br />

Não importa a discussão das escolas literárias.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!