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In pulverem38 - Othoniel Menezes

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Nota comentada<br />

Por volta de 1910, <strong>Othoniel</strong> <strong>Menezes</strong>, com 15 anos de idade, já se iniciava<br />

na poesia. Visitava costumeiramente o poeta Gothardo Neto e lhe levava<br />

suas primeiras produções, recebendo do poeta do livro Folhas Mortas,<br />

orientação e o incentivo de que necessitava. Gotardo, naquela altura, já<br />

irremediavelmente tuberculoso, recebia-o numa rede, vestido em um<br />

pijama e já muito pálido; morreria no ano seguinte.<br />

Durante os anos de 1911 e 1913, <strong>Othoniel</strong> cursou, paralelamente ao<br />

Atheneu Norte-Rio-Grandense, a Escola Normal, que funcionava no prédio<br />

do Grupo Escolar Augusto Severo, na Ribeira, cujas aulas, sob a direção<br />

do professor Nestor Lima, funcionavam apenas no turno da manhã.<br />

Não se sabe com segurança se uma vocação para o magistério levou o<br />

jovem poeta a prestar exame de admissão naquela escola, já que não passou<br />

do segundo ano.<br />

Na mesma classe, estudava a jovem Alice de Brito, filha de Pedro Paulo e<br />

Maria Leopolda Pereira de Brito, quarta filha de uma família de sete irmãos,<br />

cujo primeiro, Abner de Brito, se destacaria como poeta e o sétimo,<br />

Henrique, como hábil violonista e compositor.<br />

Alice despertaria, pela primeira vez, o amor no coração do poeta de 16<br />

anos de idade. Todos os colegas de classe sabiam da paixão dele por ela,<br />

mas não há referência da reciprocidade de sentimentos. É provável, pois,<br />

que o poeta não tenha sido correspondido em seu afeto.<br />

Em janeiro de 1913 <strong>Othoniel</strong> deixa a Escola Normal e ingressa no Exército,<br />

licenciando-se em 1914.<br />

Depois de uma permanência na cidade de Macau, onde escreveu muitos<br />

poemas e teve problemas sentimentais, <strong>Othoniel</strong> regressa a Natal, onde<br />

encontra a prima Carmita (Maria do Carmo Bonfim, Nova Cruz/RN,<br />

1901-Brasília/DF, 1984 ) com quem foge e se casa em 1916.<br />

Alice continuou na Escola Normal e concluiu seu curso em 1918, no<br />

mesmo ano em que <strong>Othoniel</strong> publicou Gérmen, seu primeiro livro.<br />

Naquele mesmo ano, o governador (1914-1920) Ferreira Chaves nomeou<br />

<strong>Othoniel</strong> para o cargo de segundo oficial da Secretaria de Governo<br />

do Estado, sendo promovido a primeiro oficial em 1921, já no governo<br />

(1920-1924) de Antônio de Souza.<br />

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