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In pulverem38 - Othoniel Menezes

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686<br />

Notas<br />

1 Peri. Companheiro e protetor de Ceci, cujo irmão matara, casualmente,<br />

uma índia da tribo Aimoré. Esse fato exaspera a família da índia que pretende<br />

vingar-se matando Ceci. Peri, vigilante, mata-os e, graças a ele, todo<br />

tipo de vingança contra a família de Ceci é desfeita. Peri, imaginando que<br />

poderia matar todos os Aimorés sozinho, toma veneno e se lança contra<br />

mais de duzentos índios. Quando já fizera grande mortandade, entrega-se<br />

como prisioneiro, porque conhecia o costume daqueles índios antropófagos<br />

de devorar o inimigo. estando ele envenenado, todos morreriam ao<br />

comer de seu corpo. (O guarani, de José de Alencar).<br />

2 O guarani. Uma das óperas do compositor brasileiro Antônio Carlos<br />

Gomes (1836-1896). Em quatro atos, com libreto de Antônio Scalvini,<br />

estreou no Teatro Scala de Milão, na Itália, em 19 de março de 1870,<br />

fazendo um grandioso sucesso. A Il guarany tem como maior destaque a<br />

sua abertura. Esta é até hoje muito interpretada, além de muito conhecida<br />

por ser o tema do programa radiofônico A Voz do Brasil.<br />

3 Profetisas, bruxas, feiticeiras.<br />

4 No livro Príncipe Plebeu – Uma biografia de <strong>Othoniel</strong> <strong>Menezes</strong> (no prelo, em<br />

março de 2009), Cláudio Galvão – para espanto de muito “intelectual<br />

conterrâneo” e de alguns empolados mestres e doutores da nossa universidade<br />

– descobre, documentadamente, que, neste longo poema, publicado<br />

na revista Letras Novas, em setembro de 1925, “inesperadamente, e<br />

de forma diferente ao estilo poético sempre seguido, <strong>Othoniel</strong> aparece<br />

sem rima, sem métrica, utilizando uma linguagem nova e avançada, e empregando<br />

o artifício das onomatopéias e recorrendo a estratégias gráficas.<br />

Estas características foram amplamente empregadas pelo poeta Jorge<br />

Fernandes – nome maior do movimento modernista no Rio Grande do<br />

Norte – e seriam a sua forma preferencial de expressão poética. Entretanto,<br />

o primeiro poema moderno de Jorge Fernandes iria ser publicado em<br />

periódico cerca de três anos depois, na edição de 15 de março de 1928 do<br />

jornal A República – o “Remanescente”–, meses após o aparecimento do<br />

seu Livro de poemas. O poema “Atavismo” – por sinal dedicado a Jorge<br />

Fernandes – enquadra-se na maioria das tipicidades que caracterizaram o<br />

movimento modernista. Nele pode-se notar a ausência de métrica, de<br />

rimas e da forma usual dos “passadistas”, como o clássico soneto, que é<br />

substituída por um longo poema subdividido em nove partes. O tema –

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