Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra
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dimensões devem ser reduzidas à sua estrutura indispensável para servir à sociedade e não<br />
para se servir da sociedade.<br />
Se o imposto único de <strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong> carrear para as burras estatais, como<br />
participação de sua receita pelas entidades federativas, o mesmo nível de rendas que o<br />
tresloucado elenco atual, o que se deve fazer é pressionar o Congresso para, em emenda<br />
constitucional, adotá-lo.<br />
E este argumento - que é, aliás, ó maior argumento a favor da tese inteligente de<br />
<strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong>, a qual já recebeu o apoio do único homem que debelou a inflação neste país<br />
(Roberto Campos) - até agora não foi rebatido por nenhum daqueles que lhe são contrários,<br />
por profissão de fé <strong>no</strong> atual esclerosado sistema.<br />
Até prova em contrário, continuo favorável ao <strong>Marcos</strong> e contrário a todos aqueles que<br />
defendem a manutenção do mais ilógico, irracional absurdo e ineficiente sistema tributário<br />
dos países civilizados, embora, cor<strong>no</strong> tributarista, tivesse razões de sobra para não querer<br />
sua modificação.<br />
IMPOSTO ÚNICO<br />
SOBRE TRANSAÇÕES – 1<br />
José Valney de Brito<br />
Folha de S. Paulo, 2/7/90<br />
A proposta deste artigo é a retomada da discussão sobre o imposto único enfatizando<br />
e acrescentando argumentos a favor do mesmo. A sociedade tem a oportunidade de realizar<br />
extraordinária evolução, em seu próprio benefício.<br />
No dia 14/1/90 o prof. <strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong> Cavalcanti de Albuquerque, em excelente artigo<br />
na Folha, lançou a proposta do Imposto Único sobre Transações. Este incidiria em cada<br />
operação monetária, de qualquer natureza, especialmente cheques e ordens de pagamento,<br />
realizada através dos bancos. A alíquota única é estimada pelo autor em 2% do montante<br />
envolvido, metade paga por cada uma das partes, pagador e recebedor.<br />
A partir daquela data e por um certo período desenvolveu-se o debate em tor<strong>no</strong> da<br />
proposta com artigos pró e contra, mas recentemente o assunto parece ter esfriado, o que é<br />
uma pena.<br />
A proposta do <strong>IU</strong>T é de um "óbvio ululante", simplifica e é de baixíssimo custo. Por<br />
isso a <strong>no</strong>ssa natureza complicante, burocrática e incapaz de perceber o bom do óbvio tende<br />
a rejeitá-la. Até sob o mais ingênuo dos argumentos: "Se é tão boa, por que não foi usada<br />
antes?".<br />
Um dos obstáculos mais fortes levantados contra o <strong>IU</strong>T seria o seu caráter nãoprogressivo.<br />
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