Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra
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IMPOSTO ÚNICO: A POLÊMICA<br />
Nesta parte se desenrolam a apresentação da proposta do Imposto Único e a intensa<br />
polêmica que origi<strong>no</strong>u junto aos tributaristas ortodoxos.<br />
Em "Por uma revolução tributária", <strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong> apresenta pela primeira vez o<br />
projeto do Imposto Único. Ives Gandra comenta a proposta uma semana depois, mostrando<br />
sua importância e oportunidade; <strong>no</strong> editorial “Imposto Único” o jornal Folha de S. Paulo<br />
explicita seu apoio, seguido de Eduardo Chuahy e Jorge Bornhausen em “Vamos ao ato de<br />
coragem”.<br />
As primeiras críticas vêm de Panzarini e Rezende. O primeiro, em “Por que o Imposto<br />
Único não é solução”, critica sua incidência em cascata e as dificuldades na partilha da<br />
arrecadação, além de alegar que seria regressivo. O segundo, em “O falso milagre do<br />
Imposto Único”, questiona a arrecadação do Imposto Único, alega regressividade e<br />
facilidade de sonegação, acreditando não existirem impostos insonegáveis, embora elogie a<br />
ousadia da proposta e sua contribuição para o necessário questionamento do sistema<br />
tributário brasileiro.<br />
Estes primeiros ataques são prontamente rebatidos por <strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong> em “Resposta a<br />
algumas críticas ao Imposto Único”.<br />
A polêmica alastra-se. Fernando Albi<strong>no</strong> critica o Imposto Único e defende o atual<br />
sistema, afirmando que a maior revolução seria a aplicação da letra da lei existente.<br />
Panzarini e Rezende voltam à carga, reiterando suas críticas anteriores, em “Por que o<br />
Imposto Único não é solução”, de 6/3/90, e em “A única vantagem do Imposto Único”<br />
respectivamente.<br />
Mas os apoios também se avolumam. Jorge Bornhausen, em “Apoio liberal à<br />
revolução fiscal”, alia-se aos defensores do Imposto Único, juntamente com outros<br />
representantes do liberalismo moder<strong>no</strong>. No “front” empresarial José Valney de Brito saúda<br />
o Imposto Único como uma esperança para os setores produtivos. Ives Gandra, em “O<br />
Imposto Único de <strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong>”, reforça a tese de que o <strong>Brasil</strong> é um manicômio tributário<br />
e condiciona seu apoio às estimativas de receita. Bernardo Ribeiro de Moraes elogia a<br />
proposta, embora aponte dúvidas que recomendam projetos de reforma me<strong>no</strong>s heterodoxos.<br />
No a<strong>no</strong> seguinte, com a e<strong>no</strong>rme penetração conquistada pelo projeto do Imposto<br />
Único, Rezende insiste em sua oposição em “O nariz do camelo” <strong>no</strong> que é seguido por<br />
Mailson da Nóbrega em "Imposto Perigoso” e em “Imposto Único contra as exportações e<br />
o Mercosul”, e mais uma vez por Panzarini em “Imposto Único sobre Transações: o mito.”<br />
Neste ponto, o projeto do Imposto Único já havia sido apresentado <strong>no</strong> Congresso<br />
Nacional por Flávio Rocha, que rebate as críticas de Panzarini em "A proposta do Imposto<br />
Único está madura", iniciando-se o debate <strong>no</strong> Congresso Nacional.<br />
Simonsen teme que o Imposto Único seja um "salto <strong>no</strong> escuro". <strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong> rebate<br />
as críticas em "Mário Henrique Simonsen e o Imposto Único". José Serra, com certo<br />
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