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Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

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aplicações bancárias e de como há margem para o aumento de alíquotas de imposto sobre<br />

transações em sistemas bancários confiáveis.<br />

Nestas circunstâncias, não há como atribuir a evasão bancária ao imposto sobre<br />

débitos.<br />

A lição que a experiência Argentina <strong>no</strong>s ensina é tripla. Primeira: há que se produzir<br />

uma regulamentação competente. Segunda: o <strong>Brasil</strong> possui condições estruturais que <strong>no</strong>s<br />

permitem antever grande sucesso com imposto sobre transações bancárias. Terceira: tratase<br />

de um imposto ágil, de custo baixíssimo (como reconhecido pelos próprios banqueiros<br />

argenti<strong>no</strong>s) e que não suscitou reação contrária da população.<br />

Outro temor é o da verticalização do processo produtivo.<br />

Adotando-se a mesma metodologia de análise, verificar-se-á com facilidade que o<br />

<strong>IU</strong>T implicará uma reversão dos incentivos à verticalização de origem tributária pela<br />

simples razão de que, hoje, o Finsocial e o PIS-Pasep já representam 2,65% do faturamento<br />

das empresas e, portanto, implicam incentivo mais forte à verticalização que o <strong>IU</strong>T.<br />

Além disso, é preciso relativizar os estímulos tributários à verticalização. No processo<br />

decisório, os argumentos tec<strong>no</strong>lógicos são mais poderosos. Trata-se da vantagem da<br />

especialização que as modernas eco<strong>no</strong>mias evidenciam exaustivamente; das eco<strong>no</strong>mias de<br />

escala, das eco<strong>no</strong>mias de especialização, enfim, das externalidades de vários tipos.<br />

Por estas razões seria insensato imaginar que a verticalização ocorra, por força do<br />

<strong>IU</strong>T, além do que seria determinado pelas relações tec<strong>no</strong>lógicas e econômicas de produção.<br />

Como exemplo, caberia indagar se conviria às atuais montadoras de veículos investir em<br />

suas próprias indústrias de vidros, ou de pneus, ou de aço pla<strong>no</strong>, para eco<strong>no</strong>mizar 1% do<br />

valor que cada um desses componentes representam <strong>no</strong> preço final de um veículo. Mais<br />

importante ainda é verificar se conviria perder eco<strong>no</strong>mias de escala geradas nas grandes<br />

indústrias que fornecem às montadoras. Claramente a questão da verticalização é um tigre<br />

de papel.<br />

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