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Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

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chegar-se-ia a uma arrecadação de US$ 74 bilhões anuais, segundo os dados apresentados<br />

pela própria KPMG.<br />

O trabalho da MCM Consultores Associados utiliza uma esdrúxula metodologia:<br />

estima a carga tributária bruta "<strong>no</strong>rmal", e em seguida faz a comparação com a arrecadação<br />

gerada pelo "atual" volume de transações bancárias. Em outras palavras, a receita desejada<br />

é superestimada pelo expurgo dos efeitos contracionistas do quadro econômico em 1992<br />

(avalia-se uma arrecadação <strong>no</strong>rmal de US$ 100 bilhões), ao passo que o potencial de<br />

arrecadação é subestimado ao incorporar todos os impactos da recessão.<br />

A MCM estima o valor das transações bancárias em US$ 6,972 bilhões. Há que se<br />

fazer a ressalva de que boa parte das projeções de arrecadação (seção 5.3 do estudo) foram<br />

baseadas em premissas equivocadas acerca do funcionamento do <strong>IU</strong>T. Além de não prever<br />

a sobretaxação das operações em moeda, também não considera a tributação diferenciada<br />

para as operações financeiras. Logo em seguida, contudo, estima a arrecadação do <strong>IU</strong>T em<br />

US$ 68 bilhões.<br />

Seguindo a metodologia da KPMG que aplica corretamente as premissas do <strong>IU</strong>T e<br />

tomando por base os dados fornecidos pela própria MCM, a arrecadação estimada salta<br />

para US$ 86 bilhões, valor que se reduziria para US$ 69 bilhões <strong>no</strong> caso de perda de base<br />

de 20%.<br />

Em resumo, as três estimativas apresentadas produzem receitas tributárias de US$ 69<br />

bilhões (MCM), US$ 74 bilhões (KPMG) e US$ 89 bilhões (do autor). Cumpre repetir que<br />

os três estudos curiosamente partiram de dados fornecidos pela própria Febraban, ainda que<br />

em épocas distintas, e quando a discussão do <strong>IU</strong>T - e provavelmente a atitude daquela<br />

instituição em relação ao tema - encontrava-se em estágio diferente.<br />

Neste momento, vale trazer um importante elemento adicional.<br />

Desde junho de 1990 e até fevereiro de 1993, um banco comercial vem fornecendo ao<br />

autor informações detalhadas acerca de suas operações. Trata-se de um dado real, tirado da<br />

contabilidade da instituição. Não se trata, portanto, de estimativa, mas sim de um<br />

importante benchmark contra o qual se podem avaliar as estimativas que foram descritas<br />

anteriormente, todas elas baseadas em amostras.<br />

A instituição bancária detém uma fatia de cerca de 2,5% do total do volume de<br />

depósitos <strong>no</strong>s bancos brasileiros. Dados os grandes volumes de transações, pode-se esperar<br />

que as demais operações realizadas mantenham aproximadamente a mesma<br />

proporcionalidade.<br />

Assim, tomando-se por base os dados do benchmark e supondo-se que o mesmo<br />

represente 2,5% do setor bancário, <strong>no</strong>ta-se que a arrecadação do <strong>IU</strong>T poderia ser de US$<br />

102 bilhões.<br />

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