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Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

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Não se trata de mais um imposto. O ITF substituiria quase todos os impostos, como o<br />

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias<br />

e Serviços (ICMS), a Contribuição à Previdência Social e as dezenas de tributos existentes.<br />

Junto com o ITF permaneceriam apenas o Predial e Territorial Urba<strong>no</strong> (IPTU), o<br />

Territorial Rural, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o Imposto sobre<br />

Comércio Exterior, resultante da junção do Imposto sobre Importação e do ICMS sobre<br />

algumas exportações.<br />

O IPTU e o Imposto Territorial Rural permaneceriam, devido a seu caráter indutor do<br />

desenvolvimento urba<strong>no</strong> e rural, funcionando como um mecanismo de justiça social. O IOF<br />

e o Imposto sobre Comércio Exterior têm importantes funções regulatórias na política<br />

monetária e na política industrial, respectivamente.<br />

A adoção do ITF, em substituição à maioria dos impostos existentes, só apresenta<br />

vantagens. Aumentaria e<strong>no</strong>rmemente a quantidade de contribuintes. A sonegação se<br />

reduziria extraordinariamente. A maioria dos que hoje estão na eco<strong>no</strong>mia informal, devido<br />

ao excesso de tributos, voltaria à legalidade. A fiscalização seria intensificada <strong>no</strong>s bancos,<br />

que seriam obrigados a maior transparência. Não haveria mais ônus e complexidade na<br />

apuração por parte das empresas, liberando recursos financeiros e huma<strong>no</strong>s para funções<br />

produtivas.<br />

Outra grande qualidade do ITF seria o imediato barateamento dos produtos.<br />

Acabariam as distorções como a cobrança de 77% de IPI mais 25% de ICMS sobre o preço<br />

de um cosmético, por exemplo, acréscimos que acabam sendo pagos por parte do<br />

consumidor. Alimentos e produtos agrícolas, de curtas cadeias produtivas, teriam<br />

acréscimos de preço imperceptíveis. Indiretamente, o poder aquisitivo da população<br />

aumentaria e, diretamente, o gover<strong>no</strong> poderia finalmente ter condições de controlar o déficit<br />

e estabilizar a eco<strong>no</strong>mia.<br />

IMPOSTO SOBRE<br />

TRANSAÇÕES FINANCEIRAS:<br />

REFLEXÕES E SIMULAÇÕES<br />

Luiz Zottmann<br />

Apesar de já vir sendo debatido há algum tempo e de ter sido incorporado à proposta<br />

de reforma fiscal do Executivo, o Imposto sobre Transações Financeiras continua sendo o<br />

que tem sido até aqui: uma idéia extremamente estimulante, mas dependente, ainda, de uma<br />

melhor avaliação. E para tanto, tem contribuído inúmeros fatores, entre os quais ressaltam<br />

tanto a falta de uniformidade dos critérios até aqui empregados para analisá-lo, quanto a<br />

quase total ausência de avaliações quantitativas de suas repercussões sobre a eco<strong>no</strong>mia.<br />

De fato, enquanto uns o analisam de forma isolada, absoluta, e tendo como referência<br />

as características que se espera de um imposto ideal (de incidência universal, progressiva,<br />

não-cumulativa não-distorsiva dos preços relativos, de fácil arrecadação e controle e, por<br />

fim, de elevado poder de geração de receitas públicas), outros o avaliam em termos<br />

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