Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra
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Se tal não fosse verdade, qual o motivo que levou o senhor Thiers Fattori Costa,<br />
presidente da Confederação Nacional dos Transportes, em artigo publicado em O Estado de<br />
S. Paulo, <strong>no</strong> último dia 11 de maio, a solicitar aos opositores do Imposto Único que<br />
ofereçam objeções concretas sob pena de ele mesmo entrar de cabeça <strong>no</strong> apoio e defesa do<br />
Imposto Único?<br />
Assim, presume-se que nem todos aqueles que se encontram entre os mal-<br />
intencionados irão, após estudo aprofundado sobre o Imposto Único, identificar- se,<br />
devendo, como atualmente ocorre, imiscuir-se entre os desconhecedores da proposta.<br />
Aliás, essa é a grande característica dos camaleões.<br />
Significa dizer: a honestidade e a prudência do professor Mário Henrique Simonsen e<br />
do presidente do BNDES fizeram com que ambos, além de elogiarem a virtude da<br />
simplificação, demonstrassem seus parcos conhecimentos sobre o assunto, preferindo<br />
estudá-lo melhor.<br />
Com relação aos outros eco<strong>no</strong>mistas auditados, a sociedade, com certeza, desejaria<br />
que outro fosse o posicionamento.<br />
A ECP, responsável pela auditoria, assim resumiu parte das conclusões, verbis:<br />
"...<strong>no</strong>ta-se, claramente, em primeiro lugar, um grande e quase total desconhecimento da<br />
emenda constitucional proposta pelo deputado Flávio Rocha (PRN-RN), e, em segundo<br />
lugar, a assunção de uma atitude preconceituosa embasada em "verdades absolutas",<br />
nascidas do saber de alguns eco<strong>no</strong>mistas que se abstraíram da humildade para viver na<br />
<strong>no</strong>toriedade".<br />
É claro, todavia, que os eco<strong>no</strong>mistas citados não podem e nem devem, restar na<br />
escuridão da ig<strong>no</strong>rância atirando pedras em alvos desconhecidos, sob I pena de ficarem em<br />
situação similar à ocorrida com o ex-Ministro Maílson da Nóbrega, que, durante debate<br />
realizado com o professor <strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong>, conforme <strong>no</strong>ticiou a Folha em 12 de junho de<br />
1992, verbis: "foi obrigado a reconhecer que não tinha lido todo o projeto de <strong>Marcos</strong><br />
<strong>Cintra</strong>".<br />
Prova disso são as opiniões do deputado Francisco Dornelles (PFL-RJ), que,<br />
procurando analisar melhor o tema, tem demonstrado, ultimamente, seu interesse pelo<br />
assunto, apresentando críticas interessantes, críticas merecedoras de consideração.<br />
Alguém não se recorda que a pregação realizada pelo professar <strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong> e pelo<br />
deputado Flávio Rocha, em palestras e discussões ao longo de mais de um a<strong>no</strong>, em todo o<br />
território nacional, tem resultado em aperfeiçoamento da proposta do Imposto Único,<br />
dando-lhe os contor<strong>no</strong>s atuais?<br />
Cremos que a empáfia e a ausência de humildade de alguns "<strong>no</strong>táveis" forçaram o<br />
deputado Roberto Campos a publicar artigo intitulado "O bestiário fiscalista".<br />
Nesse mesmo artigo (O Estado de S. Paulo, pág. 2, de 24 de maio de 1992) o<br />
deputado Roberto Campos lembra que hoje há quatro propostas distintas para a mudança do<br />
sistema tributário nacional.<br />
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