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Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

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limitam-se, em geral, a sentenciar a inviabilidade da proposta, mal disfarçando um certo<br />

desprezo pela ingenuidade daqueles que perdem tempo em considerá-la. Pior: os que<br />

assumem esta posição são exatamente aqueles que, direta ou indiretamente, se beneficiam<br />

da atual estrutura tributária, o que, <strong>no</strong> mínimo, obriga o observador isento a redobrar a sua<br />

atenção.<br />

Ora, a proposta do Imposto Único já não é um mero estudo acadêmico. Há um projeto<br />

de emenda constitucional tramitando <strong>no</strong> Congresso Nacional. A tese é tentadora. Dela<br />

poderá resultar a maior revolução já vivida por este país (para o bem ou para o mal). Seus<br />

adeptos crescem exponencialmente, em quantidade e em qualidade.<br />

Não podemos perder a oportunidade de discutir, a sério, as virtudes e os defeitos da<br />

proposta, que pode até ser inviável, mas que, até prova em contrário, leva todo jeito de "ovo<br />

de Colombo". Ela pode ser uma daquelas idéias simples e lumi<strong>no</strong>sas, mas com um<br />

potencial fantástico, capaz de produzir transformação em cadeia e de alterar os rumos da<br />

história.<br />

De minha parte, na boa companhia de milhões de brasileiros, estou a um passo de<br />

mergulhar de cabeça nesse movimento. O que ainda me detém é a expectativa de uma<br />

exposição séria e consistente (pelo me<strong>no</strong>s uma) que possa me convencer do contrário. E um<br />

pouco, talvez, aquela desconfiança natural diante do inusitado, que a sabedoria popular<br />

traduz por: "quando a esmola é demais, o santo desconfia..."<br />

BEM-VINDO<br />

IMPOSTO UNICO<br />

Sérgio Quintella<br />

Folha de S. Paulo, 15/5/92<br />

Desde o primeiro momento em que o eco<strong>no</strong>mista <strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong> lançou a proposta do<br />

Imposto Único - defendida em editorial de primeira página pela Folha -tenho, como<br />

contribuinte, empresário e cidadão, me interessado pelo tema. A meu convite, o autor da<br />

proposta veio ao Rio de Janeiro expor as suas idéias. Tenho participado de debates com<br />

defensores e opositores do Imposto Único, durante os quais, inclusive, observei que de<br />

modo geral os opositores a priori viam suas dúvidas resolvidas ou pelo me<strong>no</strong>s atenuadas.<br />

Creio conhecer as principais objeções que têm sido levantadas e, cada vez mais, estou<br />

convencido de que nas atuais circunstâncias o Imposto Único não é apenas necessário e<br />

útil. É, sobretudo, bem-vindo.<br />

Há pouco mais de um a<strong>no</strong>, após ter administrado (como executivo e empresário)<br />

empresas e<strong>no</strong>rmes, com milhares de empregados e milhões de dólares de faturamento,<br />

associei-me a três brilhantes profissionais e, juntos, organizamos urna empresa de serviços<br />

de consultoria. Poucos funcionários, simplicidade operacional, fechamos o balanço de 1991<br />

e começamos a trilhar o mesmo e absurdo caminho que milhões de pessoas, físicas e<br />

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