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Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

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forçosamente de isentar determinados tipos de transações de sua incidência,<br />

como, por exemplo, a poupança. À medida que se aceitem exceções, estarão<br />

abertas verdadeiras avenidas para as mais variadas formas de burla, como, por<br />

exemplo, o pagamento de salário e de outras operações diretamente nas contas<br />

de poupança.<br />

O <strong>IU</strong>T prevê algumas mudanças institucionais para ampará-lo. Seriam<br />

alterações cujos custos apenas justificariam sua implementação <strong>no</strong> caso de o<br />

<strong>IU</strong>T ser o imposto único do sistema. Com o IPMF, as mesmas mudanças<br />

conflitariam com os demais componentes da atual estrutura tributária. O IPMF<br />

está sendo imposto a seco, sem maiores cuidados para garantir sua correta<br />

utilização. Assim, corre-se sério risco de comprometer gravemente os resultados<br />

de sua implantação.<br />

Da forma como está sendo imaginado, o IPMF produzirá resultados positivos apenas<br />

do ponto de vista de arrecadação. Mas serão introduzidas perigosas distorções <strong>no</strong><br />

funcionamento da eco<strong>no</strong>mia brasileira.<br />

O Imposto sobre Transações é excelente alternativa para a reforma tributária se for<br />

único como o <strong>IU</strong>T; mas como mais um imposto, como o IPMF, agravará as já inaceitáveis<br />

contradições do atual modelo tributário brasileiro.<br />

O IMPOSTO ÚNICO<br />

Luis Nassif<br />

Folha de S. Paulo, 18/6/91<br />

Um dos temas mais instigantes, dentro do atual processo de discussão acerca das<br />

mudanças institucionais <strong>no</strong> país, tem sido o da simplificação da arrecadação tributária, a<br />

partir da proposta de instituição de um Imposto Único. A idéia consta de um projeto do<br />

deputado Flávio Rocha (PRN-RN), em cima de estudos do professor <strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong><br />

Cavalcanti de Albuquerque, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.<br />

A proposta contém atrativos explícitos. O principal é o da eliminação de uma<br />

estrutura de arrecadação que consome hoje em dia cerca de 3% do PIB (ou US$ 10,5<br />

bilhões), da parte do gover<strong>no</strong>, mais um percentual equivalente em custos administrativos<br />

d,1s empresas. Um segundo, a conferir, seria o da redução substancial da tributação em<br />

cima de todos os setores que hoje sustentam a arrecadação tributária, através da<br />

incorporação ao sistema dos integrantes da chamada eco<strong>no</strong>mia informal.<br />

Os 52 tributos atualmente existentes seriam substituídos por um Imposto Único sobre<br />

Pagamentos (Iusp), constituído por apenas três tributos: Imposto sobre Comércio Exterior,<br />

Imposto sobre Propriedade Territorial Rural e o Imposto sobre Transações Financeiras<br />

(ISTF).<br />

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