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Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

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diários (em jornada de oito horas) apenas para o pagamento de impostos. Ao final do mês,<br />

um terço da renda familiar é gasto com impostos.<br />

Mesmo quando dormimos estamos pagando imposto sobre a energia elétrica<br />

consumida pela geladeira, pelo rádio-relógio ou por qualquer outro aparelho que permaneça<br />

ligado.<br />

No Estado de São Paulo, o ICMS cobrado sobre a conta de energia elétrica é de 25%.<br />

Entretanto, como o imposto é cobrado "por dentro", a alíquota final é de 33,33%. Uma<br />

conta de Cr$ 10.000,00 passa para Cr$ 13.333,00 mil (Cr$ 10 mil divididos por 0,75).<br />

Alguns gêneros de primeira necessidade (açúcar, manteiga, macarrão etc.) pagam<br />

12% de ICMS <strong>no</strong> Estado de São Paulo.<br />

Isso provoca distorção tributária. São atingidos igualmente os que ganham<br />

desigualmente - um trabalhador com salário mínimo paga o mesmo imposto que aquele que<br />

tem renda 50 vezes maior.<br />

Desde janeiro deste a<strong>no</strong>, produtos como arroz, feijão, carnes e farinha de mandioca<br />

passaram a pagar me<strong>no</strong>s ICMS <strong>no</strong> Estado de São Paulo (a alíquota caiu de 12% para 7%).<br />

Em compensação, o ICMS sobre os combustíveis subiu de 18% para 25%,<br />

penalizando ainda mais a classe média.<br />

A distorção é mais acentuada <strong>no</strong>s chamados "produtos supérfluos" - cigarros, bebidas<br />

e veículos. Por terem taxação elevada, esses produtos penalizam mais os consumidores de<br />

me<strong>no</strong>r renda.<br />

O tributarista Diogo Hernandes Ruiz, sócio do departamento de impostos da<br />

consultoria KPMG Peat Marwick Dreyfuss, diz que a elevada carga tributária encarece em<br />

demasia os produtos. Em conseqüência, os produtos nacionais perdem competitividade.<br />

Por isso, muitos produtos são importados por preço me<strong>no</strong>r e qualidade maior. Os<br />

carros são o melhor exemplo, ele diz.<br />

Para Ruiz, o ideal seria reduzir a carga tributária ao nível que a sociedade aceitasse,<br />

como é feito em muitos países, principalmente na Europa. Assim, todos pagariam e, ainda<br />

que não se eliminasse totalmente a sonegação, ela tenderia a ser bem me<strong>no</strong>r.<br />

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