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Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

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• Eliminação da sonegação e corrupção fiscal, já que as empresas, assim como o<br />

próprio Estado, não teriam a possibilidade de "optar" ou não pela sonegação, o<br />

que também iria contribuir para uma distribuição tributária mais equânime.<br />

A sonegação somente seria possível caso a transação envolvesse moeda, ou fosse<br />

efetivada mediante troca de mercadorias, caso em que os custos da sonegação<br />

(inflação, transporte e seguros) seriam superiores ao custo da tributação, de apenas<br />

1% das transações.<br />

• Aumento da arrecadação líquida, decorrente da redução dos custos operacionais e<br />

de fiscalização (estimados em cerca de 15% da arrecadação bruta ou 3% do PIB);<br />

da ampliação da base tributária (que juntamente com o fim da sonegação é<br />

estimada em cerca de 30% a 40% da arrecadação); e da eliminação da renúncia<br />

fiscal.<br />

• O <strong>IU</strong>T é sempre indexado, pois é um percentual fixo das transações, sendo<br />

recolhido com prazo zero em relação ao fato gerador, ou seja, em bases correntes,<br />

eliminando na origem o efeito Tanzi sobre a arrecadação.<br />

II- DESVANTAGENS DA PROPOSTA<br />

Devido à diferente natureza dos problemas que envolvem a proposta do <strong>IU</strong>T, este<br />

item foi dividido em três classificações, quais sejam:<br />

- falsos dilemas;<br />

- problemas operacionais contornáveis;<br />

- problemas estruturais de difícil equacionamento.<br />

II.1- Falsos dilemas<br />

• A regressividade do <strong>IU</strong>T<br />

Por tratar-se de um imposto em cascata,. os produtos que envolvem um maior número<br />

de transações na cadeia produtiva serão proporcionalmente mais taxados. Daí, alega-se a<br />

regressividade do imposto, sob a argumentação de que nem sempre os produtos supérfluos<br />

envolvem maior número de transações, em relação aos produtos essenciais. Sob essa<br />

perspectiva, o <strong>IU</strong>T penalizaria as classes de baixa renda, visto que os produtos essenciais<br />

perfazem a quase totalidade do consumo dos assalariados enquanto que, para as faixas de<br />

alta renda, constituem apenas uma pequena parcela do consumo.<br />

Mesmo que tal assertiva seja verdadeira, as diferenças de carga tributária seriam<br />

insignificantes, dado o baixo valor da alíquota e, sendo assim, seriam incapazes de<br />

promover alterações significativas na distribuição da renda nacional.<br />

Na verdade, o imposto não é progressivo nem regressivo, mas proporcional; ou seja,<br />

quanto mais se consome (ou mais se transaciona), maior será o valor do imposto pago.<br />

De toda sorte, questiona-,se se a política de arrecadação é instrumento eficaz para<br />

distribuição de renda. Ótica bem mais adequada diz respeito à política de gastos do<br />

Gover<strong>no</strong>.<br />

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