14.04.2013 Views

Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

outros impostos, inclusive aquele que mais tira competitividade do produto brasileiro <strong>no</strong><br />

Exterior, o imposto burocrático. Os produtos finais são onerados por máquinas burocráticas<br />

altamente custosas. O que vai mudar, portanto, é a metodologia para desonerar a carga<br />

tributária <strong>no</strong>s impostos exportados. Hoje a desoneração ocorre por meio de lançamentos<br />

contábeis. A desoneração do <strong>IU</strong> na exportação será feita pelo rebate fiscal, por meio da<br />

devolução do imposto <strong>no</strong> ato da exportação.<br />

3 - A questão da partilha. O critério da partilha não será político, como sustenta o<br />

tributarista Panzarini. O Imposto Único pressupõe a automatização da partilha, que é onde<br />

estão as grandes brechas para a corrupção. O <strong>IU</strong> acabará com a corrupção fiscal, por meio<br />

da automatização de arrecadação, e com a corrupção na partilha das verbas. Hoje, a<br />

Comissão de Orçamento dispõe das verbas da União sem nenhuma transparência. Decide<br />

tudo em recinto fechado. E isso provoca distorções. Temos o exemplo do município de<br />

Serra Dourada, na Bahia, com 17 mil habitantes, que recebe 10 vezes mais que Curitiba e<br />

15 vezes mais que Belém. Com o <strong>IU</strong>, o Congresso votará o critério de partilha, acabando<br />

com as posições pessoais, e o critério populacional será o adotado. A população é quem<br />

gera a demanda social do imposto. Camaçari, com 20 mil habitantes, retira hoje cerca de<br />

30% do ICMS na Bahia, apesar de já ser beneficiada com os frutos de um pólo<br />

petroquímico de bilhões de dólares. Salvador, com graves problemas, vive com verbas bem<br />

me<strong>no</strong>res. A partilha automática será a redenção dos Estados e municípios. Hoje os<br />

municípios arrecadam 0,8% do PIB e gastam quase 10 vezes isso. Essa diferença é<br />

perseguida por meio da nefasta política do "pires na mão". O <strong>IU</strong> irá acabar com esse estilo.<br />

Diariamente, serão creditadas nas contas dos 4.521 municípios, dos 27 gover<strong>no</strong>s de Estado<br />

e da União as suas cotas-partes, eliminando-se a multiplicidade dos estágios decisórios,<br />

imensos focos de corrupção.<br />

4 - A questão da elisão fiscal. Duas providências de natureza administrativa eliminam<br />

inteiramente a possibilidade da elisão fiscal. O risco de o cheque circular entre empresas<br />

com endossos sucessivos será extinto por meio de medida que tornará cada endosso uma<br />

transação. Quem apresentar cheque com 5 endossos <strong>no</strong> verso deverá pagar não 1 %, mas<br />

6% - 1 % relativo à transação original e mais 1 % para cada endosso. O cheque ao portador<br />

que circular indefinidamente, sendo apresentado pelo último que vai preencher o campo,<br />

será criminalizado. A penalidade será uma multa <strong>no</strong> valor do cheque, imposto à pessoa que<br />

apresentar o cheque: quem emitir um cheque ao portador correrá o risco de pagá-lo em<br />

dobro.<br />

5 - O custo da administração fiscal. Não devemos considerar apenas os custos<br />

inter<strong>no</strong>s da máquina administrativa. Temos de computar com o ônus do sistema tributário<br />

outros custos. O re<strong>no</strong>mado tributarista Eivany Silva, que já foi uma das maiores autoridades<br />

da Receita Federal, contabilizou em 8% do PIB o peso morto do imposto. Não é, portanto,<br />

4% como lembra o tributarista Panzarini. O professor Silva diz que 3% é o que custa ao<br />

gover<strong>no</strong> fiscalizar os 58 tributos, cabendo 5% à sociedade. Esses 8% incluem custos de<br />

regulamentação, da legislação, custos do judiciário, do aparato burocrático. Temos um<br />

Judiciário entupido com ações tributárias e um contencioso monumental. Quanto custa<br />

isso? Tivemos <strong>no</strong> a<strong>no</strong> passado 1.602 legislações tributárias, o que dá quase 8 por dia útil.<br />

Temos de considerar o aparato burocrático das empresas, duas contabilidades - uma<br />

gerencial e outra fiscal. Tudo isso gera os 8% do PIB que constituem peso morto do<br />

119

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!