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Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

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Coube à Folha transformar a sugestão do eco<strong>no</strong>mista num desafio a todos os que têm<br />

a pr<strong>eo</strong>cupação de dar um <strong>no</strong>vo impulso modernizante e democratizante ao <strong>Brasil</strong>,<br />

particularmente os governantes e os representantes do povo, para não falar dos líderes dos<br />

diversos segmentos sociais.<br />

Parece-me evidente que a idéia de um <strong>no</strong>vo sistema tributário, que venha a melhorar<br />

substancialmente o funcionamento da máquina estatal, tornando-a, a um só tempo, mais<br />

ágil, mais eficiente e me<strong>no</strong>s onerosa para a nação, deve merecer o exame atento de todas as<br />

pessoas com alguma parcela de responsabilidade na condução dos negócios públicos.<br />

<strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong> Cavalcanti de Albuquerque é um técnico de alto gabarito, com uma<br />

postura liberal moderna formalmente assumida. O seu enfoque das questões econômicas e<br />

sociais está em consonância com as tendências atuais do mundo avançado, segundo as<br />

quais não é através da hipertrofia crescente do Estado, mas do estímulo crescente à<br />

iniciativa dos cidadãos, que vamos melhorar o padrão de vida do povo.<br />

Parece-me que a análise do eco<strong>no</strong>mista e o desafio da Folha terão de ser estudados.<br />

Há dúvidas a esclarecer, tanto de natureza técnica (quanto a números e meios práticos de<br />

implementação do <strong>no</strong>vo imposto), como na avaliação do conteúdo social dos tributos (não<br />

seria preciso preservar, de alguma forma, o imposto por excelência da cidadania, o Imposto<br />

de Renda?).<br />

Mas tudo isso já é parte do debate que deve ser travado <strong>no</strong> país sobre o seu desti<strong>no</strong>. O<br />

importante é que estamos diante de um desafio inarredável para que possamos romper as<br />

amarras do <strong>Brasil</strong> arcaico. Somente isso já basta para suscitar o <strong>no</strong>sso aplauso e o <strong>no</strong>sso<br />

entusiasmo. vamos ao ato de coragem!<br />

RESPOSTA A ALGUMAS<br />

CRÍTICAS AO IMPOSTO ÚNICO<br />

<strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong><br />

Folha de S. Paulo, 22/2/90<br />

Em artigo publicado <strong>no</strong> dia 14 de janeiro nesta Folha propus para debate uma revolução<br />

tributária <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, com a adoção do Imposto Único sobre Transações (<strong>IU</strong>T).<br />

Em linhas gerais, o <strong>IU</strong>T prevê a substituição de todos os impostos e demais exigências<br />

fiscais por apenas um imposto incidente sobre todas as transações monetárias, sem<br />

exceções. O fato gerador deste tributo seria a transação consumada <strong>no</strong> sistema bancário.<br />

Documentos como cheques, ordens de pagamento, avisos de débito ou crédito etc.<br />

automaticamente detonariam a cobrança de 1% de cada parte da transação, o que implicaria<br />

a neutralidade da proposta em termos de arrecadação bruta - cerca de 25% do PIB. A única<br />

alíquota diferenciada - propõe-se o dobro da alíquota geral - se aplicaria a saques e<br />

depósitos de numerário do sistema bancário, com o objetivo de desestimular as transações<br />

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