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Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

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Causa espanto o eco provocado pela proposta de criação do imposto Único. O<br />

editorial da Folha do mesmo dia a incluiu como uma das alternativas i<strong>no</strong>vadoras que<br />

devem ser tentadas para que os objetivos de modernização do país possam se! alcançados.<br />

De modo geral, parece haver uma clara simpatia pela proposta. E preciso cautela, <strong>no</strong><br />

entanto, para evitar maiores estragos <strong>no</strong> já combalido sistema tributário brasileiro,<br />

severamente castigado por uma enxurrada de mudanças casuísticas <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s. A<br />

reforma do sistema tributário aprovada pela Constituição de 1988 não criou o sistema<br />

tributário dos <strong>no</strong>ssos sonhos, mas lançou as bases para o seu progressivo aperfeiçoamento,<br />

<strong>no</strong>s limites dados pela realidade brasileira. A consolidação desses avanços dependerá da<br />

regulamentação dos dispositivos constitucionais que deverá beneficiar-se do debate e da<br />

discussão de idéias i<strong>no</strong>vadoras.<br />

A proposta do professor <strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong> tem a marca da ousadia que estimula a<br />

polêmica e contribui para o desenvolvimento dos argumentos necessários ao fortalecimento<br />

de princípios e convicções. Nesse sentido, ela é extremamente bem-vinda.<br />

VAMOS AO<br />

ATO DE CORAGEM!<br />

Jorge Konder Bornhausen<br />

Folha de S. Paulo, 16/2/90<br />

No dia 14 de janeiro último, a Folha publicou um artigo do eco<strong>no</strong>mista <strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong><br />

Cavalcanti de Albuquerque intitulado “Por uma revolução tributária” e, <strong>no</strong> mesmo dia, um<br />

extenso editorial, “Choque de coragem”, contendo uma ousada proposta de reforma<br />

tributária, com base na análise feita por aquele eco<strong>no</strong>mista. Não posso deixar de me<br />

pronunciar sobre os dois <strong>doc</strong>umentos, embora com algum atraso, já que me encontrava <strong>no</strong>s<br />

Estados Unidos quando da sua publicação.<br />

<strong>Marcos</strong> <strong>Cintra</strong> sugere uma medida radical: ele pretende reduzir todos os impostos a<br />

um único tributo, o qual incidiria sobre todas as transações monetárias. Toda a <strong>no</strong>ssa<br />

complicadíssima estrutura fiscal seria substituída por um único mecanismo simples,<br />

compreensível e transparente para o público. Os tributos teriam uma base só e não<br />

múltiplas bases. Haveria, assim, uma verdadeira racionalização de todo o processo de ação<br />

do fisco, com o que se reduziria drasticamente o custo do sistema de cobrança dos tributos.<br />

Atualmente, os custos de fiscalização e de arrecadação fiscal chegam a cerca de 10%<br />

das receitas tributárias. Somando-se a estes custos os da escrituração tributária a que estão<br />

sujeitos os agentes privados, poderíamos chegar, segundo <strong>Cintra</strong>, a 15% ou 20% das<br />

receitas de impostos <strong>no</strong> país.<br />

É esse peso morto que o articulista pretende tirar de cima do país, fazendo com que<br />

seja possível liberar recursos reais avaliados em 4,4% do PIB, recursos que poderiam ser<br />

destinados a investimentos produtivos, para a criação de riquezas e de empregos em ampla<br />

escala.<br />

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