14.04.2013 Views

Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

Microsoft Word - Tributa\\347\\343o no Brasil eo IU.doc - Marcos Cintra

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

enda bruta per capita anual atinge US$ 30 mil, enquanto <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> a primeira taxação recai<br />

sobre US$ 12 mil (ver tabela).<br />

O peso dos impostos na renda da pessoa física <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> era - até dezembro, quando a<br />

pesquisa foi concluída após seis meses - de 2,9% para quem ganhava a partir de US$ 12<br />

mil, e de 14,1 % para 30 mil. Nos EUA, o recolhimento começa na faixa de US$ 30 mil e<br />

só engole 7,8%. Estes dados têm por modelo um casal com esposa sem rendimento, dois<br />

filhos em escola paga, salário como única fonte de renda e as despesas comuns a este tipo<br />

de família.<br />

"O maior prejudicado é o assalariado, que tem desconto na fonte. Como a carga é<br />

muito alta e o gover<strong>no</strong> não esclarece onde aplica o dinheiro, acaba incentivando a<br />

sonegação", segundo Sousa. A empresa não tem dados sobre o efeito da política de cada<br />

país sobre a arrecadação mas, na avaliação de Dárcio Torelli, sócio do departamento de<br />

consultoria tributária, o tiro do gover<strong>no</strong> brasileiro sai pela culatra e contraria o pla<strong>no</strong> de<br />

combate à inflação.<br />

"É uma linha de conduta burra. Basta ver o sucesso do setor automobilístico após a<br />

redução da carga: nunca vendeu tanto e a Receita ganha <strong>no</strong> volume de vendas", diz Torelli.<br />

O Estado embolsa 45,65% do valor do carro comum <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. Na França, 18,60%, <strong>no</strong>s<br />

EUA 8,25% e <strong>no</strong> Japão, 4,50%. "A pesquisa mostra que o Estado é faminto por<br />

arrecadação", diz.<br />

O imposto dos carros brasileiros foi o maior encontrado pela Ernest & Young na<br />

amostra que reuniu 15 produtos dos mais variados setores pesquisados em grandes países<br />

produtores. "Fizemos uma soma algébrica das alíquotas, que oferece a me<strong>no</strong>r margem de<br />

erro, para avaliar o peso delas <strong>no</strong>s preços", explica Torelli. Descobriram que em todos os<br />

produtos a taxação maior é a do <strong>Brasil</strong>, exceto <strong>no</strong>s computadores, beneficiados com isenção<br />

de IPI em 1991. Segundo Torelli, quando um produto custa o mesmo, em dólar, <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e<br />

<strong>no</strong> exterior é porque a mão-de-obra daqui sai perdendo. "A indústria nunca deixa de<br />

ganhar", afirma.<br />

68

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!