10.04.2013 Views

Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região

Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região

Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

731/<strong>2011</strong> <strong>Tribunal</strong> Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> 41<br />

Data da divulgação: Quarta-feira, 18 de Maio de <strong>2011</strong><br />

reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação<br />

processual ordinária. III - O acórdão recorri<strong>do</strong> dirimiu a questão <strong>do</strong>s<br />

autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à<br />

espécie. Inadmissibilidade <strong>do</strong> RE, ante a incidência da Súmula 280<br />

<strong>do</strong> STF. IV - Agravo regimental improvi<strong>do</strong>. (STF, AI 631711 AgR,<br />

Rel. Min. Ricar<strong>do</strong> Lewan<strong>do</strong>wski, Primeira Turma, DJe 20/11/2008 -<br />

destaquei)<br />

AGRAVO REGIMENTAL. Alegação de violação direta e frontal <strong>do</strong><br />

art. 5º, incisos XXXV, LIV, LV, da Constituição Federal.<br />

Necessidade de exame prévio de norma infraconstitucional para a<br />

verificação de contrariedade ao Texto Maior [...]. Agravo Regimental<br />

a que se nega provimento. (STF, AI-AgR 634217/GO, Rel. Min.<br />

Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 18/12/2008)<br />

RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Ausência de razões<br />

novas. Decisão mantida. Agravo Regimental improvi<strong>do</strong>. Nega-se<br />

provimento ao agravo regimental tendente a impugnar, sem razões<br />

novas, decisão fundamentada em jurisprudência assente na Corte.<br />

RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa<br />

ao art. 5º, inciso II e XXXVI, da Constituição Federal. Ofensa<br />

constitucional indireta. Agravo regimental não provi<strong>do</strong>. As alegações<br />

de desrespeito aos postula<strong>do</strong>s da legalidade, <strong>do</strong> direito adquiri<strong>do</strong> e<br />

<strong>do</strong> ato jurídico perfeito, se dependentes <strong>do</strong> reexame prévio de<br />

normas inferiores, podem configurar, quan<strong>do</strong> muito, situações de<br />

ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. (STF, RE-AgR<br />

551426/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe de<br />

18/12/2008 - destaquei)<br />

Além disso, a Súmula nº 636 <strong>do</strong> STF preceitua que "não cabe<br />

recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional<br />

da legalidade, quan<strong>do</strong> a sua verificação pressuponha rever a<br />

interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão<br />

recorrida".<br />

Sobre a matéria debatida, o E. STF decidiu que a solução da<br />

controvérsia sobre a legalidade da terceirização de atividade-fim,<br />

relativa aos serviços de energia elétrica e de telecomunicações,<br />

demandaria a análise <strong>do</strong>s dispositivos das Leis nos 8.987/96 e<br />

9.472/97, respectivamente, o que é inadmissível em recurso<br />

extraordinário. Colhem-se os precedentes:<br />

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou<br />

seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja<br />

ementa segue transcrita:<br />

1. RECURSO DE REVISTA DA TELEMAR NORTE LESTE S.A<br />

CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES -<br />

CALL CENTER - ATIVIDADE-FIM - TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA -<br />

EXEGESE DO ARTIGO 94, II, DA LEI Nº 9.472/1997 - INCIDÊNCIA<br />

DO ITEM I DA SÚMULA 331 DO TST. I - Malgra<strong>do</strong> o artigo 94,<br />

inciso II, da Lei nº 9.472/1997, aparentemente autorize as<br />

concessionárias de serviço público contratar terceiros para<br />

execução de seus misteres, exegese sistemática, feita à luz <strong>do</strong><br />

artigo 170, caput, da Constituição Federal, que sabidamente<br />

consagra a dignidade da pessoa humana e a valorização <strong>do</strong><br />

trabalho humano como pilares da Ordem Econômica estabelecida,<br />

impõe-se interpretação diversa, no senti<strong>do</strong> de ser ali autorizada a<br />

contratação de terceiros para a finalidade de melhorar (desenvolver)<br />

atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço,<br />

inclusive por meio da implementação de projetos associa<strong>do</strong>s. III- Tal<br />

autorização é imprescindível dada a garantia constitucional da<br />

inviolabilidade das comunicações de da<strong>do</strong>s e telefônicas,<br />

estabelecida no artigo 5º, inciso XII, da Constituição Federal, que<br />

atribui caráter especial às empresas de telecomunicações, que<br />

atuam como concessionárias de serviços públicos. IV - Fixa<strong>do</strong> pelo<br />

<strong>Regional</strong> que a função exercida pela recorrida de atendente de 104<br />

- serviço de call center -, para esclarecer dúvidas e prestar<br />

informações aos usuários <strong>do</strong>s serviços de telecomunicações, está<br />

incluída na atividade-fim da empresa de telefonia. V - E<br />

efetivamente se insere, devi<strong>do</strong> a obrigatoriedade estabelecida pelo<br />

artigo 3º, inciso IV, da Lei 9.472/1997, segun<strong>do</strong> o qual 'O usuário de<br />

serviços de telecomunicações tem direito: IV - à informação<br />

adequada sobre as condições de prestação <strong>do</strong>s serviços, suas<br />

tarifas e preços', bem como pela Lei 8.078/1990, regulamentada<br />

pelo Decreto nº 6.523/2008. Está correto o reconhecimento <strong>do</strong><br />

vínculo empregatício diretamente com a toma<strong>do</strong>ra de serviços,<br />

consoante pacifica<strong>do</strong> pelo item I da Súmula 331 <strong>do</strong> TST. VI -<br />

Recurso conheci<strong>do</strong> e desprovi<strong>do</strong>. SÚMULA VINCULANTE 10. I - O<br />

<strong>Regional</strong> não declarou a inconstitucionalidade da Lei nº 9.472/1994,<br />

apenas asseverou que a situação regulada por essa lei era diversa<br />

da retratada no caso concreto em que ocorrera fraude na<br />

contratação, caracterizan<strong>do</strong> a ilicitude da terceirização. Por isso,<br />

agiganta-se a convicção sobre a impertinência temática da Súmula<br />

Vinculante nº 10 <strong>do</strong> STF. II - Recurso não conheci<strong>do</strong>. (...) (fls. 125-<br />

129).<br />

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição,<br />

alegou-se violação ao art. 5º, II, da mesma Carta. O agravo não<br />

merece acolhida. Isso porque, para dissentir <strong>do</strong> acórdão recorri<strong>do</strong>,<br />

seria necessária a análise da legislação infraconstitucional (Lei<br />

9.472/97 e Consolidação das Leis <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>), bem como o<br />

reexame <strong>do</strong> conjunto fático-probatório <strong>do</strong>s autos, o que atrai a<br />

incidência da Súmula 279 <strong>do</strong> STF. Incabível, portanto, o recurso<br />

extraordinário. Nesse senti<strong>do</strong>: AI 751.904/MG, Rel. Min. Menezes<br />

Direito; AI 791.291/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; 808.217/MG; e AI<br />

791.247-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, sen<strong>do</strong> que deste último<br />

extraio a ementa:<br />

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.<br />

TRABALHISTA. TERCEIRIZAÇÃO. CONTROVÉRSIA SOBRE A<br />

EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO EMPREGATÍCIA E SOBRE A<br />

NATUREZA DA ATIVIDADE PRESTADA. IMPOSSIBILIDADE DA<br />

ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA<br />

CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO<br />

REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO<br />

Ademais, cumpre destacar que este <strong>Tribunal</strong> entende não ser<br />

cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da<br />

Constituição Federal, quan<strong>do</strong> a verificação da ofensa envolva o<br />

reexame de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo<br />

<strong>Tribunal</strong> a quo (Súmula 636 <strong>do</strong> STF).<br />

Por fim, quanto à Súmula Vinculante nº 10, verifico que não há<br />

violação ao princípio da reserva de plenário (art. 97 da Constituição)<br />

porque o acórdão recorri<strong>do</strong> não declarou a inconstitucionalidade da<br />

lei 9.472/94 ou afastou a sua aplicação, mas apenas interpretou a<br />

legislação infraconstitucional aplicável à espécie, concluin<strong>do</strong> pela<br />

ilicitude na terceirização. Assim, não há qualquer violação ao art.<br />

97, da Constituição. Isso posto, nego seguimento ao recurso.<br />

Publique-se. Brasília, 15 de março de <strong>2011</strong>. Ministro RICARDO<br />

LEWANDOWSKI - Relator - (AI 839685, Relator(a): Min. RICARDO<br />

LEWANDOWSKI, julga<strong>do</strong> em 15/03/<strong>2011</strong>, publica<strong>do</strong> em DJe-054<br />

DIVULG 22/03/<strong>2011</strong> PUBLIC 23/03/<strong>2011</strong> - Destaques aqui)<br />

DECISÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO<br />

TRABALHO. TERCEIRIZAÇÃO. ALEGAÇÃO DE<br />

CONTRARIEDADE ÀS LEIS N. 9.472/97 E 8.987/95: OFENSA<br />

CONSTITUCIONAL INDIRETA. NECESSIDADE DE REEXAME DE<br />

PROVA: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO<br />

QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório<br />

1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso<br />

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da<br />

Constituição da República.<br />

2. O recurso inadmiti<strong>do</strong> tem por objeto o seguinte julga<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

O <strong>do</strong>cumento pode ser acessa<strong>do</strong> utilizan<strong>do</strong> o Diário Eletrônico da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, opção Autenticação de Diários Eletrônicos, sob o número 20404

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!