10.04.2013 Views

Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região

Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região

Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

731/<strong>2011</strong> <strong>Tribunal</strong> Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> 58<br />

Data da divulgação: Quarta-feira, 18 de Maio de <strong>2011</strong><br />

discussão em torno da definição <strong>do</strong>s limites subjetivos ou objetivos<br />

pertinentes à coisa julgada qualifica-se como controvérsia<br />

impregnada de natureza eminentemente infraconstitucional,<br />

poden<strong>do</strong> configurar, 'no máximo, ofensa reflexa à Constituição, o<br />

que não dá margem a recurso extraordinário' (RTJ 158/327, Rel.<br />

Min. MOREIRA ALVES) (DJ de 17/10/03). No mesmo senti<strong>do</strong>, trago<br />

os seguintes precedentes: 'CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL<br />

CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DECISÃO BASEADA NA<br />

LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280<br />

DO STF. LIMITES DA COISA JULGADA. OFENSA REFLEXA.<br />

AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorri<strong>do</strong> dirimiu a questão<br />

<strong>do</strong>s autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável<br />

à espécie. Incidência da Súmula 280 desta Corte. II - esta Corte tem<br />

se orienta<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> de que a discussão em torno <strong>do</strong>s limites<br />

objetivos da coisa julgada, matéria de legislação ordinária, não dá<br />

ensejo à abertura da via extraordinária. III - Agravo regimental<br />

improvi<strong>do</strong>' (AI nº 601.325/PR-AgR, Primeira Turma, Relator o<br />

Ministro Ricar<strong>do</strong> Lewan<strong>do</strong>wski, DJ 17/8/07); AGRAVO<br />

REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE<br />

PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA. REPETIÇÃO DE<br />

INDÉBITO. JUROS MORATÓRIOS. TERMO INICIAL. TRÂNSITO<br />

EM JULGADO. 1. O <strong>Tribunal</strong> a quo não se manifestou<br />

explicitamente sobre os temas constitucionais ti<strong>do</strong>s por viola<strong>do</strong>s.<br />

Incidência das Súmulas nos 282 e 356 <strong>do</strong> Supremo <strong>Tribunal</strong><br />

Federal. 2. As alegações de desrespeito aos postula<strong>do</strong>s da<br />

legalidade, <strong>do</strong> devi<strong>do</strong> processo legal, da motivação <strong>do</strong>s atos<br />

decisórios, <strong>do</strong> contraditório, <strong>do</strong>s limites da coisa julgada e da<br />

prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de<br />

normas inferiores, podem configurar, quan<strong>do</strong> muito, situações de<br />

ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 3. O termo<br />

inicial da fluência <strong>do</strong>s juros moratórios, na repetição <strong>do</strong> indébito, dá-<br />

se na data <strong>do</strong> trânsito em julga<strong>do</strong> da decisão [art. 167, parágrafo<br />

único, <strong>do</strong> CTN]. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega<br />

provimento' (AI nº 658.206/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o<br />

Ministro Eros Grau, DJ 28/9/07). Nego provimento ao agravo. (AI<br />

744.767-9/MG, Rel. Min. Menezes Direito, DJe 2/4/2009 -<br />

destaquei)<br />

Não se verifica, assim, afronta direta ao art. 5º, XXXVI, da<br />

Constituição.<br />

Ante o exposto, nego seguimento ao Recurso Extraordinário.<br />

Publique-se.<br />

Brasília, 06 de maio de <strong>2011</strong>.<br />

Firma<strong>do</strong> por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)<br />

MARIA CRISTINA IRIGOYEN PEDUZZI<br />

Ministra Vice-Presidente <strong>do</strong> TST<br />

Processo Nº ED-ED-AIRR-88742-66.2008.5.04.0201<br />

Processo Nº ED-ED-AIRR-887/2008-201-04-42.2<br />

Recorrente Achiles Swirsky<br />

Advoga<strong>do</strong> Dr. André Avelino Ribeiro Neto<br />

Advoga<strong>do</strong> Dr. Maurício de Figueire<strong>do</strong> Corrêa da<br />

Veiga<br />

Recorri<strong>do</strong> Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras<br />

Advoga<strong>do</strong> Dr. Antônio Carlos Motta Lins<br />

Recorri<strong>do</strong> Fundação Petrobras de Seguridade<br />

Social - Petros<br />

Advoga<strong>do</strong> Dr. Renato Lôbo Guimarães<br />

Advoga<strong>do</strong> Dr. Gilda Russomano Gonçalves <strong>do</strong>s<br />

Santos<br />

A C. 1ª Turma, em acórdão de fls. 436/442, complementa<strong>do</strong> às fls.<br />

466/470, negou provimento ao Agravo de Instrumento em Recurso<br />

de Revista <strong>do</strong> Reclamante. No que toca à pretensão de cômputo da<br />

recomposição salarial pela URP e pela parcela PL-DL 1971 na<br />

média <strong>do</strong>s salários de cálculo para apuração <strong>do</strong> salário real de<br />

benefício, entendeu aplicável a prescrição total, a teor da<br />

Orientação Jurisprudencial nº 156 da SBDI-1 <strong>do</strong> TST. Concluiu<br />

também que a complementação de aposenta<strong>do</strong>ria deve ser regida<br />

pelo regulamento vigente à época da admissão <strong>do</strong> Autor, na forma<br />

das Súmulas nº 51, I, e 288 <strong>do</strong> TST.<br />

O Reclamante interpõe Recurso Extraordinário, com fundamento no<br />

art. 102, III, "a", da Constituição da República (fls. 474/483). Aponta<br />

violação aos artigos 5º, II, XXXVI, 7º, XXIX, 201, § 3º, 202 da<br />

Constituição e invoca a repercussão geral da matéria.<br />

Contrarrazões apresentadas às fls. 484/489.<br />

É o relatório.<br />

Estão satisfeitos os requisitos extrínsecos de admissibilidade -<br />

tempestividade (fls. 471 e 474), regularidade de representação<br />

processual (fls. 13, 24 e 272) e preparo (fls. 484).<br />

Com relação à alegada ofensa ao art. 7º, XXIX, da Carta de 1988, o<br />

texto constitucional não exaure a disciplina da prescrição no âmbito<br />

<strong>do</strong> direito <strong>do</strong> trabalho.<br />

A distinção entre prescrição total e parcial demanda,<br />

necessariamente, a exegese de normas ordinárias, com especial<br />

relevo às normas <strong>do</strong> Código Civil que disciplinam a matéria. Nesse<br />

senti<strong>do</strong>, a iterativa e notória jurisprudência <strong>do</strong> E. STF, conforme<br />

demonstra o seguinte precedente:<br />

1. O inciso XXIX <strong>do</strong> art. 7º da Constituição Federal está volta<strong>do</strong>,<br />

apenas, ao estabelecimento <strong>do</strong> prazo prescricional, sen<strong>do</strong> que a<br />

regulação da dicotomia entre as espécies de prescrição - parcial ou<br />

total - reside exclusivamente no âmbito infraconstitucional. 2.<br />

Apreciação <strong>do</strong> apelo extreme que demanda o reexame de cláusulas<br />

contratuais (Súmula STF nº 454), além da análise de matéria de<br />

ín<strong>do</strong>le ordinária, sem margem para o trânsito nesta sede. 3. Não é<br />

admissível recurso extraordinário por contrariedade ao princípio<br />

constitucional da legalidade, quan<strong>do</strong> a sua verificação pressuponha<br />

rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela<br />

decisão recorrida (Súmula STF nº 636). 4. Agravo regimental<br />

improvi<strong>do</strong>. (AI nº 520.706-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ<br />

de 3/2/2006, grifei)<br />

No mesmo senti<strong>do</strong>: AI nº 569.103-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, 1ª<br />

Turma, DJ de 10/8/2006; e RE 574.107-9, Rel. Min. Cezar Peluso,<br />

DJe de 19/3/2009.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, com relação à complementação de aposenta<strong>do</strong>ria, a<br />

controvérsia não extrapola o âmbito da legislação<br />

infraconstitucional, na medida em que foi dirimida sob o enfoque da<br />

lei ordinária.<br />

Não ocorre violação direta aos artigos 5º, II, XXXVI, 7º, XXIX, 201, §<br />

3º, 202 da Constituição da República, porque o reconhecimento da<br />

apontada ofensa exigiria nova exegese da legislação ordinária que<br />

fundamentou o acórdão recorri<strong>do</strong>.<br />

O E. Supremo <strong>Tribunal</strong> Federal já proclamou que a ofensa a<br />

preceito constitucional, para autorizar o recurso extraordinário, há<br />

de ser direta e frontal, não se admitin<strong>do</strong> a via reflexa. Nesse<br />

senti<strong>do</strong>: STF, AI 631711 AgR, Rel. Min. Ricar<strong>do</strong> Lewan<strong>do</strong>wski, 1ª<br />

Turma, DJe 20/11/2008; STF, RE-AgR 551426/DF, Rel. Min. Cezar<br />

Peluso, 2ª Turma, DJe de 18/12/2008<br />

A Súmula nº 636 <strong>do</strong> STF preceitua que "não cabe recurso<br />

extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da<br />

legalidade, quan<strong>do</strong> a sua verificação pressuponha rever a<br />

interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão<br />

recorrida".<br />

Não é admissível o Recurso Extraordinário se a análise da matéria<br />

depende da interpretação de dispositivos infraconstitucionais, não<br />

se caracterizan<strong>do</strong> a ofensa direta exigida pelo art. 102, III, "a", da<br />

O <strong>do</strong>cumento pode ser acessa<strong>do</strong> utilizan<strong>do</strong> o Diário Eletrônico da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, opção Autenticação de Diários Eletrônicos, sob o número 20404

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!