10.04.2013 Views

Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região

Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região

Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

731/<strong>2011</strong> <strong>Tribunal</strong> Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> 77<br />

Data da divulgação: Quarta-feira, 18 de Maio de <strong>2011</strong><br />

artigo 3º, inciso IV, da Lei 9.472/1997, segun<strong>do</strong> o qual 'O usuário de<br />

serviços de telecomunicações tem direito: IV - à informação<br />

adequada sobre as condições de prestação <strong>do</strong>s serviços, suas<br />

tarifas e preços', bem como pela Lei 8.078/1990, regulamentada<br />

pelo Decreto nº 6.523/2008. Está correto o reconhecimento <strong>do</strong><br />

vínculo empregatício diretamente com a toma<strong>do</strong>ra de serviços,<br />

consoante pacifica<strong>do</strong> pelo item I da Súmula 331 <strong>do</strong> TST. VI -<br />

Recurso conheci<strong>do</strong> e desprovi<strong>do</strong>. SÚMULA VINCULANTE 10. I - O<br />

<strong>Regional</strong> não declarou a inconstitucionalidade da Lei nº 9.472/1994,<br />

apenas asseverou que a situação regulada por essa lei era diversa<br />

da retratada no caso concreto em que ocorrera fraude na<br />

contratação, caracterizan<strong>do</strong> a ilicitude da terceirização. Por isso,<br />

agiganta-se a convicção sobre a impertinência temática da Súmula<br />

Vinculante nº 10 <strong>do</strong> STF. II - Recurso não conheci<strong>do</strong>. (...) (fls. 125-<br />

129).<br />

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição,<br />

alegou-se violação ao art. 5º, II, da mesma Carta. O agravo não<br />

merece acolhida. Isso porque, para dissentir <strong>do</strong> acórdão recorri<strong>do</strong>,<br />

seria necessária a análise da legislação infraconstitucional (Lei<br />

9.472/97 e Consolidação das Leis <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>), bem como o<br />

reexame <strong>do</strong> conjunto fático-probatório <strong>do</strong>s autos, o que atrai a<br />

incidência da Súmula 279 <strong>do</strong> STF. Incabível, portanto, o recurso<br />

extraordinário. Nesse senti<strong>do</strong>: AI 751.904/MG, Rel. Min. Menezes<br />

Direito; AI 791.291/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; 808.217/MG; e AI<br />

791.247-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, sen<strong>do</strong> que deste último<br />

extraio a ementa:<br />

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.<br />

TRABALHISTA. TERCEIRIZAÇÃO. CONTROVÉRSIA SOBRE A<br />

EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO EMPREGATÍCIA E SOBRE A<br />

NATUREZA DA ATIVIDADE PRESTADA. IMPOSSIBILIDADE DA<br />

ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA<br />

CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO<br />

REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO<br />

Ademais, cumpre destacar que este <strong>Tribunal</strong> entende não ser<br />

cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da<br />

Constituição Federal, quan<strong>do</strong> a verificação da ofensa envolva o<br />

reexame de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo<br />

<strong>Tribunal</strong> a quo (Súmula 636 <strong>do</strong> STF).<br />

Por fim, quanto à Súmula Vinculante nº 10, verifico que não há<br />

violação ao princípio da reserva de plenário (art. 97 da Constituição)<br />

porque o acórdão recorri<strong>do</strong> não declarou a inconstitucionalidade da<br />

lei 9.472/94 ou afastou a sua aplicação, mas apenas interpretou a<br />

legislação infraconstitucional aplicável à espécie, concluin<strong>do</strong> pela<br />

ilicitude na terceirização. Assim, não há qualquer violação ao art.<br />

97, da Constituição. Isso posto, nego seguimento ao recurso.<br />

Publique-se. Brasília, 15 de março de <strong>2011</strong>. Ministro RICARDO<br />

LEWANDOWSKI - Relator - (AI 839685, Relator(a): Min. RICARDO<br />

LEWANDOWSKI, julga<strong>do</strong> em 15/03/<strong>2011</strong>, publica<strong>do</strong> em DJe-054<br />

DIVULG 22/03/<strong>2011</strong> PUBLIC 23/03/<strong>2011</strong> - Destaques aqui)<br />

DECISÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO<br />

TRABALHO. TERCEIRIZAÇÃO. ALEGAÇÃO DE<br />

CONTRARIEDADE ÀS LEIS N. 9.472/97 E 8.987/95: OFENSA<br />

CONSTITUCIONAL INDIRETA. NECESSIDADE DE REEXAME DE<br />

PROVA: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO<br />

QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório<br />

1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso<br />

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da<br />

Constituição da República.<br />

2. O recurso inadmiti<strong>do</strong> tem por objeto o seguinte julga<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Tribunal</strong> Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>:<br />

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.<br />

VÍNCULO DE EMPREGO. TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS.<br />

ATIVIDADE-FIM. SÚMULA Nº 331, I, DO TST. O <strong>Tribunal</strong> <strong>Regional</strong><br />

registrou que a função exercida pelo reclamante no call center<br />

estava ligada à atividade-fim da 2ª reclamada, toma<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>s<br />

serviços, pois 'estava incumbi<strong>do</strong> de ligar e receber ligações de<br />

clientes da Telemar; que o reclamante registrava serviços para tais<br />

clientes, linha telefônica fixa; que o reclamante oferecia serviços<br />

para clientes da Telemar, linha fixa'. No contexto em que decidida a<br />

controvérsia, portanto, a decisão <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>Regional</strong> harmoniza-se<br />

com a Súmula nº 331, I, <strong>do</strong> TST, o que inviabiliza a admissibilidade<br />

da revista, nos termos <strong>do</strong> art. 896, § 5º, da CLT. Agravo de<br />

instrumento a que se nega provimento (fl. 120 - grifos nossos).<br />

3. No recurso extraordinário, a Agravante sustenta contrariedade ao<br />

art. 5º, inc. II e XXXVI, da Constituição da República. Assevera que<br />

se "discute nos autos se a atividade desempenhada pelo<br />

Reclamante pode ser enquadrada como atividade-fim da empresa<br />

toma<strong>do</strong>ra de serviço. Também se, com a redação <strong>do</strong> art. 94, II, da<br />

Lei n. 9.472/97 e <strong>do</strong> art. 25, § 1º, da Lei n. 8.987/95, as empresas<br />

de telecomunicações podem terceirizar atividades inerentes à<br />

prestação <strong>do</strong> serviço" (fls. 155).<br />

4. A decisão agravada teve como fundamento para a<br />

inadmissibilidade <strong>do</strong> recurso extraordinário a ausência de ofensa<br />

constitucional direta (fls. 167-169). A Agravante afirma que estariam<br />

presentes os pressupostos de admissibilidade <strong>do</strong> recurso<br />

extraordinário. Analisa<strong>do</strong>s os elementos havi<strong>do</strong>s nos autos,<br />

DECIDO.<br />

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.<br />

6. A solução da controvérsia sobre a legalidade de terceirização de<br />

atividades desenvolvidas pela Agravante demandaria o reexame <strong>do</strong><br />

conjunto fático-probatório constante <strong>do</strong>s autos e a análise de<br />

dispositivos das Leis n. 8.987/95 e 9.472/97 e da Consolidação das<br />

Leis <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, o que não se admite em recurso extraordinário.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>:<br />

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.<br />

INTERNET. ICMS. INCIDÊNCIA. MATÉRIA<br />

INFRACONSTITUCIONAL. 1. A questão relativa à incidência <strong>do</strong><br />

ICMS sobre os serviços presta<strong>do</strong>s pelos prove<strong>do</strong>res de internet foi<br />

dirimida com fundamento na legislação infraconstitucional que<br />

disciplina a espécie: Lei n. 9.472/97, Lei Complementar n. 87/96 e<br />

norma n. 004/95, <strong>do</strong> Ministério das Comunicações. 2. A ausência de<br />

ofensa direta à norma constitucional torna incabível o recurso<br />

extraordinário. Agravo regimental a que se nega provimento (RE<br />

596.805-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe<br />

20.11.2009 - grifos nossos).<br />

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.<br />

PROCESSUAL CIVIL E TRABALHISTA. AUSÊNCIA DE<br />

PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356<br />

DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CONTROVÉRSIA<br />

DECIDIDA COM BASE NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (CPC)<br />

E NA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT): OFENSA<br />

CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL<br />

SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência <strong>do</strong> Supremo <strong>Tribunal</strong><br />

firmou-se no senti<strong>do</strong> de que, ainda que surgida a alegada ofensa<br />

constitucional no acórdão recorri<strong>do</strong>, é necessária a oposição de<br />

embargos de declaração, se não houver a análise da ofensa pelo<br />

órgão judicante. 2. A controvérsia decidida com base no Código de<br />

Processo Civil e na Consolidação das Leis <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> não viabiliza<br />

o processamento <strong>do</strong> recurso extraordinário: Ofensa constitucional<br />

indireta. 3. Imposição de multa de 5% <strong>do</strong> valor corrigi<strong>do</strong> da causa.<br />

Aplicação <strong>do</strong> art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, <strong>do</strong><br />

Código de Processo Civil (AI 702.113-AgR, de minha relatoria,<br />

Primeira Turma, Dje 13.3.2009 - grifos nossos).<br />

DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA E DIREITO DO<br />

O <strong>do</strong>cumento pode ser acessa<strong>do</strong> utilizan<strong>do</strong> o Diário Eletrônico da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, opção Autenticação de Diários Eletrônicos, sob o número 20404

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!