Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região
Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região
Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
731/<strong>2011</strong> <strong>Tribunal</strong> Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> 98<br />
Data da divulgação: Quarta-feira, 18 de Maio de <strong>2011</strong><br />
DECIDIDA COM BASE NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (CPC)<br />
E NA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT): OFENSA<br />
CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL<br />
SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência <strong>do</strong> Supremo <strong>Tribunal</strong><br />
firmou-se no senti<strong>do</strong> de que, ainda que surgida a alegada ofensa<br />
constitucional no acórdão recorri<strong>do</strong>, é necessária a oposição de<br />
embargos de declaração, se não houver a análise da ofensa pelo<br />
órgão judicante. 2. A controvérsia decidida com base no Código de<br />
Processo Civil e na Consolidação das Leis <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> não viabiliza<br />
o processamento <strong>do</strong> recurso extraordinário: Ofensa constitucional<br />
indireta. 3. Imposição de multa de 5% <strong>do</strong> valor corrigi<strong>do</strong> da causa.<br />
Aplicação <strong>do</strong> art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, <strong>do</strong><br />
Código de Processo Civil (AI 702.113-AgR, de minha relatoria,<br />
Primeira Turma, Dje 13.3.2009 - grifos nossos).<br />
DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA E DIREITO DO<br />
TRABALHO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO<br />
EXTRAORDINÁRIO. RECURSO DE REVISTA. PRESSUPOSTOS<br />
DE ADMISSIBILIDADE. ART. 896 CLT. PRESCRIÇÃO. ART. 7º<br />
XXIX DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE OFENSA<br />
À CONSTITUIÇÃO. 1. Inviável o processamento de extraordinário<br />
para debater matéria infraconstitucional, sob o argumento de<br />
violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Afronta, se<br />
existente, seria indireta. 2. O <strong>Tribunal</strong> de origem limitou-se a tratar<br />
de matéria processual relativa a pressuposto de admissibilidade <strong>do</strong><br />
recurso de revista, nos termos <strong>do</strong> art. 896 da Consolidação das Leis<br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, cuja discussão não rende ensejo ao cabimento <strong>do</strong><br />
recurso extraordinário. 3. Precedentes das Turmas desta Corte. 4.<br />
Agravo regimental improvi<strong>do</strong> (RE 555.315-AgR, Rel. Min. Ellen<br />
Gracie, Segunda Turma, Dje 25.9.2009 - grifos nossos).<br />
1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de<br />
ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa<br />
constitucional indireta. Agravo regimental não provi<strong>do</strong>. As alegações<br />
de desrespeito aos postula<strong>do</strong>s da legalidade, <strong>do</strong> devi<strong>do</strong> processo<br />
legal, da motivação <strong>do</strong>s atos decisórios, <strong>do</strong> contraditório, <strong>do</strong>s limites<br />
da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de<br />
reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quan<strong>do</strong><br />
muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da<br />
Constituição. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.<br />
Alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Ofensa<br />
constitucional indireta. Não cabe recurso extraordinário que teria por<br />
objeto alegação de ofensa que, irradian<strong>do</strong>-se de má interpretação,<br />
aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais,<br />
seria apenas indireta à Constituição da República (AI 508.047-AgR,<br />
Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 21.11.2008 - grifos<br />
nossos).<br />
CONSTITUCIONAL. TRABALHO. AGRAVO REGIMENTAL EM<br />
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DANO MORAL. COMPETÊNCIA<br />
DA JUSTIÇA DO TRABALHO. REEXAME DE FATOS E PROVAS.<br />
SÚMULA STF 279. 1. A Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> será competente para<br />
julgar ações de indenização por danos morais e materiais quan<strong>do</strong><br />
decorrentes da relação de trabalho entre as partes. 2. Para verificar<br />
se a relação entre as partes da presente demanda é proveniente da<br />
relação de trabalho, é necessária a análise da matéria fático-<br />
probatória, circunstância inviável nesta sede recursal (Súmula STF<br />
279). 3. Agravo regimental improvi<strong>do</strong> (RE 563.173-AgR, Rel. Min.<br />
Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 18.9.2009 - grifos nossos).<br />
1. Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>: competência: reclamação trabalhista<br />
proposta por emprega<strong>do</strong> público com fundamento em vínculo<br />
oriun<strong>do</strong> de contrato de trabalho: precedentes. 2. RE: descabimento:<br />
questão relativa à caracterização de vínculo empregatício, que<br />
demanda reexame de matéria de fato e de provas inviável no<br />
recurso extraordinário (Súmula 279) (AI 339.992-AgR, Rel. Min.<br />
Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 29.4.2005 - grifos nossos).<br />
7. Nada há a prover quanto às alegações da Agravante. 8. Pelo<br />
exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, <strong>do</strong> Código<br />
de Processo Civil e art. 21, § 1º, <strong>do</strong> Regimento Interno <strong>do</strong> Supremo<br />
<strong>Tribunal</strong> Federal). Publique-se. Brasília, 1º de fevereiro de <strong>2011</strong>.<br />
Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora (AI 828518, Relator(a): Min.<br />
CÁRMEN LÚCIA, julga<strong>do</strong> em 01/02/<strong>2011</strong>, publica<strong>do</strong> em DJe-030<br />
DIVULG 14/02/<strong>2011</strong> PUBLIC 15/02/<strong>2011</strong> - destaques aqui)<br />
Não é admissível o Recurso Extraordinário se a análise da matéria<br />
depende de interpretação de dispositivos infraconstitucionais, não<br />
se caracterizan<strong>do</strong> a ofensa direta exigida pelo art. 102, III, "a", da<br />
Constituição.<br />
Ante o exposto, nego seguimento ao Recurso Extraordinário.<br />
Publique-se.<br />
Brasília, 05 de maio de <strong>2011</strong>.<br />
Firma<strong>do</strong> por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)<br />
MARIA CRISTINA IRIGOYEN PEDUZZI<br />
Ministra Vice-Presidente <strong>do</strong> TST<br />
Processo Nº ED-AIRR-259540-45.2008.5.02.0030<br />
Recorrente Fernan<strong>do</strong> Cesar Muniz e Outro<br />
Advoga<strong>do</strong> Dr. Luiz Eduar<strong>do</strong> Amaral de Men<strong>do</strong>nça<br />
Recorri<strong>do</strong> Augusto Barbosa <strong>do</strong> Nascimento<br />
Advoga<strong>do</strong> Dr. Suzel Guimarães<br />
Recorri<strong>do</strong> Distribui<strong>do</strong>ra de Discos e Fitas Canta<br />
Brasil Ltda.<br />
A C. 4ª Turma negou provimento ao Agravo de Instrumento <strong>do</strong>s<br />
Terceiros Embargantes. No tema "excesso de execução", concluiu<br />
que "a matéria debatida nos autos diz respeito à interpretação dada<br />
às normas de natureza infraconstitucional, não possibilitan<strong>do</strong> a<br />
caracterização de violação direta aos dispositivos constitucionais<br />
aponta<strong>do</strong>s" (fls. 562).<br />
Os Terceiros Embargantes interpõem Recurso Extraordinário, com<br />
fundamento no art. 102, III, "a", da Constituição da República.<br />
Apontam violação aos arts. 5º, LIV e LV, e 93, IX, da Constituição.<br />
Invocam a repercussão geral da matéria.<br />
Contrarrazões somente pelo Exequente, às fls. 604/630.<br />
É o relatório.<br />
Satisfeitos os requisitos extrínsecos de admissibilidade.<br />
Os Terceiros Embargantes arguem a nulidade <strong>do</strong> acórdão recorri<strong>do</strong><br />
por negativa de prestação jurisdicional. Afirmam que a C. Turma<br />
não examinou temas relevantes à resolução da lide.<br />
O Pleno <strong>do</strong> Supremo <strong>Tribunal</strong> Federal, ao decidir a Questão de<br />
Ordem no Agravo de Instrumento nº 791.292/PE, reconheceu a<br />
repercussão geral de questão constitucional pertinente à nulidade<br />
por negativa de prestação jurisdicional.<br />
No julgamento de mérito, assentou que "o art. 93, IX, da<br />
Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam<br />
fundamenta<strong>do</strong>s, ainda que sucintamente, sem determinar, contu<strong>do</strong>,<br />
o exame pormenoriza<strong>do</strong> de cada uma das alegações ou provas,<br />
nem que sejam corretos os fundamentos da decisão".<br />
A decisão recorrida está conforme à jurisprudência firmada no<br />
aludi<strong>do</strong> precedente de repercussão geral, porque houve<br />
fundamentação clara e expressa a respeito das questões arguidas,<br />
evidencian<strong>do</strong> os motivos de convencimento <strong>do</strong> órgão judicante,<br />
segun<strong>do</strong> o princípio da persuasão racional (art. 131 <strong>do</strong> CPC).<br />
Nesse contexto, não se divisa afronta ao princípio da<br />
fundamentação das decisões.<br />
No mérito, discute-se a ocorrência de excesso de execução,<br />
conforme alega<strong>do</strong> pelos Recorrentes. A C. Turma concluiu que "a<br />
matéria debatida nos autos diz respeito à interpretação dada às<br />
normas de natureza infraconstitucional, não possibilitan<strong>do</strong> a<br />
O <strong>do</strong>cumento pode ser acessa<strong>do</strong> utilizan<strong>do</strong> o Diário Eletrônico da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, opção Autenticação de Diários Eletrônicos, sob o número 20404