10.04.2013 Views

Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região

Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região

Ata 2011 - Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

731/<strong>2011</strong> <strong>Tribunal</strong> Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> 62<br />

Data da divulgação: Quarta-feira, 18 de Maio de <strong>2011</strong><br />

o exame pormenoriza<strong>do</strong> de cada uma das alegações ou provas,<br />

nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.<br />

Nesse senti<strong>do</strong> há reitera<strong>do</strong>s juga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> Pleno, entre os<br />

quais o MS 26.163, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJ-e de 5/9/2008; e o<br />

RE 418.416, Rel Min. Sepulveda Pertence, DJ de 19/12/2006. Cito a<br />

ementa deste último julga<strong>do</strong>, na parte que interessa:<br />

DECISÃO JUDICIAL - FUNDAMENTAÇÃO - ALEGAÇÃO DE<br />

OMISSÃO DE ANÁLISE DE TESES RELEVANTES DA DEFESA -<br />

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - DESCABIMENTO - Além da falta<br />

<strong>do</strong> indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356), não há<br />

violação <strong>do</strong>s arts. 5º, LIV e LV, nem <strong>do</strong> art. 93, inciso IX, da<br />

Constituição Federal, que não exige o exame pormenoriza<strong>do</strong> de<br />

cada uma das alegações ou provas apresentadas pelas partes, nem<br />

que sejam corretos os fundamentos da decisão; exige, apenas, que<br />

a decisão esteja motivada, e a sentença e o acórdão recorri<strong>do</strong> não<br />

descumpriram esse requisito. (STF, <strong>Tribunal</strong> Pleno, AI nº 791292-<br />

QO-RG/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ-e de 13/8/2010)<br />

A decisão recorrida está conforme à jurisprudência firmada no<br />

aludi<strong>do</strong> precedente de repercussão geral, porque houve<br />

fundamentação clara e expressa a respeito das questões arguidas,<br />

evidencian<strong>do</strong> os motivos de convencimento <strong>do</strong> órgão judicante,<br />

segun<strong>do</strong> o princípio da persuasão racional (art. 131 <strong>do</strong> CPC).<br />

O v. acórdão que apreciou os Embargos de Declaração registrou a<br />

inexistência de vícios na decisão embargada, asseveran<strong>do</strong> que a<br />

intenção da Embargante era a modificação da substância <strong>do</strong> julga<strong>do</strong><br />

por via recursal imprópria.<br />

Nesse contexto, não se divisa afronta aos princípios <strong>do</strong> devi<strong>do</strong><br />

processo legal, <strong>do</strong> contraditório, da ampla defesa e da<br />

fundamentação das decisões.<br />

Ante o exposto, com fundamento no art. 543-A, § 5º, <strong>do</strong> CPC,<br />

acrescenta<strong>do</strong> pela Lei nº 11.418/2006, c/c o art. 326 <strong>do</strong> RISTF,<br />

nego seguimento ao Recurso Extraordinário..<br />

Publique-se.<br />

Brasília, 05 de maio de <strong>2011</strong>.<br />

Firma<strong>do</strong> por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)<br />

MARIA CRISTINA IRIGOYEN PEDUZZI<br />

Ministra Vice-Presidente <strong>do</strong> TST<br />

Processo Nº ED-ED-AIRR-104640-45.2005.5.01.0028<br />

Processo Nº ED-ED-AIRR-1046/2005-028-01-40.3<br />

Recorrente Telemar Norte Leste S.A.<br />

Advoga<strong>do</strong> Dr. José Alberto Couto Maciel<br />

Advogada Dra. Cristina Benjó Cesar<br />

Recorri<strong>do</strong> Roberto de Almeida Car<strong>do</strong>so <strong>do</strong>s<br />

Santos<br />

Advoga<strong>do</strong> Dr. Léo Menezes Farrulla<br />

A C. 6ª Turma , em acórdão de fls.1471/150, negou provimento ao<br />

Agravo de Instrumento no tema "vínculo empregatício -<br />

terceirização". Concluiu, em síntese, que o art. 94, II, da Lei nº<br />

9.472/97 não autoriza a terceirização na atividade-fim das<br />

concessionárias de telecomunicações.<br />

A Reclamada interpõe Recurso Extraordinário, com fundamento no<br />

art. 102, III, "a", da Constituição da República (fls. 209/218). Aponta<br />

violação ao art. 5º, II e 170, III, da Constituição. Alega a repercussão<br />

geral da matéria.<br />

Sem contrarrazões (certidão às fls. 221).<br />

É o relatório.<br />

Estão satisfeitos os requisitos extrínsecos de admissibilidade.<br />

No mais, verifica-se que a C. 6ª Turma, no tema "vínculo<br />

empregatício - terceirização", entendeu que a decisão recorrida está<br />

conforme ao item I da Súmula nº 331 <strong>do</strong> TST, porque o art. 94, II, da<br />

Lei nº 9.472/97 não autoriza a terceirização na atividade-fim das<br />

concessionárias de telecomunicações.<br />

Percebe-se que a controvérsia não extrapola o âmbito da legislação<br />

infraconstitucional, na medida em que foi dirimida sob o enfoque da<br />

lei ordinária.<br />

Desse mo<strong>do</strong>, não há violação direta aos arts. 5º, II, e 170, III, da<br />

Constituição da República e o reconhecimento das apontadas<br />

ofensas exigiria nova exegese da norma ordinária que embasou a<br />

decisão recorrida.<br />

O E. Supremo <strong>Tribunal</strong> Federal já proclamou que a ofensa a<br />

preceito constitucional, para autorizar o recurso extraordinário, há<br />

de ser "direta e frontal", não se admitin<strong>do</strong> a via reflexa.<br />

Reconheceu, ainda, que, em regra, não se caracteriza violação<br />

direta aos incisos II, XXXV, LIV e LV <strong>do</strong> art. 5º da Carta Magna. É o<br />

que se depreende <strong>do</strong>s seguintes julga<strong>do</strong>s:<br />

CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO<br />

REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE<br />

PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282. LEGISLAÇÃO LOCAL.<br />

ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, XXXV, LIV, LV, DA CF. OFENSA<br />

REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Inadmissível o recurso<br />

extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver si<strong>do</strong><br />

apreciada no acórdão recorri<strong>do</strong>. A tardia alegação de ofensa ao<br />

texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração,<br />

não supre o prequestionamento. II - A jurisprudência da Corte é no<br />

senti<strong>do</strong> de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da<br />

Constituição, pode configurar, quan<strong>do</strong> muito, situação de ofensa<br />

reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação<br />

processual ordinária. III - O acórdão recorri<strong>do</strong> dirimiu a questão <strong>do</strong>s<br />

autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à<br />

espécie. Inadmissibilidade <strong>do</strong> RE, ante a incidência da Súmula 280<br />

<strong>do</strong> STF. IV - Agravo regimental improvi<strong>do</strong>. (STF, AI 631711 AgR,<br />

Rel. Min. Ricar<strong>do</strong> Lewan<strong>do</strong>wski, Primeira Turma, DJe 20/11/2008 -<br />

destaquei)<br />

AGRAVO REGIMENTAL. Alegação de violação direta e frontal <strong>do</strong><br />

art. 5º, incisos XXXV, LIV, LV, da Constituição Federal.<br />

Necessidade de exame prévio de norma infraconstitucional para a<br />

verificação de contrariedade ao Texto Maior [...]. Agravo Regimental<br />

a que se nega provimento. (STF, AI-AgR 634217/GO, Rel. Min.<br />

Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 18/12/2008)<br />

RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Ausência de razões<br />

novas. Decisão mantida. Agravo Regimental improvi<strong>do</strong>. Nega-se<br />

provimento ao agravo regimental tendente a impugnar, sem razões<br />

novas, decisão fundamentada em jurisprudência assente na Corte.<br />

RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa<br />

ao art. 5º, inciso II e XXXVI, da Constituição Federal. Ofensa<br />

constitucional indireta. Agravo regimental não provi<strong>do</strong>. As alegações<br />

de desrespeito aos postula<strong>do</strong>s da legalidade, <strong>do</strong> direito adquiri<strong>do</strong> e<br />

<strong>do</strong> ato jurídico perfeito, se dependentes <strong>do</strong> reexame prévio de<br />

normas inferiores, podem configurar, quan<strong>do</strong> muito, situações de<br />

ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. (STF, RE-AgR<br />

551426/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe de<br />

18/12/2008 - destaquei)<br />

Além disso, a Súmula nº 636 <strong>do</strong> STF preceitua que "não cabe<br />

recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional<br />

da legalidade, quan<strong>do</strong> a sua verificação pressuponha rever a<br />

interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão<br />

recorrida".<br />

Sobre a matéria debatida, o E. STF decidiu que a solução da<br />

controvérsia sobre a legalidade da terceirização de atividade-fim,<br />

relativa aos serviços de energia elétrica e de telecomunicações,<br />

demandaria a análise <strong>do</strong>s dispositivos das Leis nos 8.987/96 e<br />

9.472/97, respectivamente, o que é inadmissível em recurso<br />

extraordinário. Colhem-se os precedentes:<br />

O <strong>do</strong>cumento pode ser acessa<strong>do</strong> utilizan<strong>do</strong> o Diário Eletrônico da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, opção Autenticação de Diários Eletrônicos, sob o número 20404

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!