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Fundamentos Pedagógicos PST – da reflexão à prática

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FUNDAMENTOS DO PROGRAMA SEGUNDO TEMPOjovens, e sermos cautelosos ao reforçar o argumento de que ca<strong>da</strong> reali<strong>da</strong>deé determina<strong>da</strong> por uma lógica imutável. Não é porque uma pessoa nascenum contexto de desordem social, expresso na marginali<strong>da</strong>de e no tráfico dedrogas, por exemplo, que ela será traficante e/ou usuária de entorpecentes.É claro que a pessoa torna-se vulnerável aos riscos, mas não podemosacreditar unicamente na hipótese de que ela será “marginal” no sentido deque o contexto é determinante. Pensar assim é pensar no determinismo. Énão acreditar em processo de transformação social. É considerar o fim <strong>da</strong>história individual e coletiva. Assim, como contraponto, os projetos sociaissurgem como potencializadores para reconfigurar as reali<strong>da</strong>des extremas,principalmente investindo na educação <strong>da</strong>s pessoas na perspectiva deampliação <strong>da</strong>s consciências para os problemas que afligem a coletivi<strong>da</strong>de.É certo também que os mentores dos projetos sociais mantêm vivaa esperança por um mundo melhor, no qual a igual<strong>da</strong>de de direitos sejasempre persegui<strong>da</strong>, pois não podemos nos esquecer, como enfatiza PauloFreire, de que “a esperança faz parte <strong>da</strong> natureza humana”. O renomadomestre ain<strong>da</strong> nos esclarece que,do ponto de vista <strong>da</strong> natureza humana, a esperança não é algo que aela se justaponha. Seria uma contradição se, inacabado e conscientedo inacabamento, primeiro, o ser humano não se inscrevesseou não se achasse predisposto a participar de um movimentoconstante de busca e, segundo, se buscasse sem esperança. Adesesperança é negação <strong>da</strong> esperança. A esperança é uma espéciede ímpeto natural possível e necessário, a desesperança é o abortodeste ímpeto. Por tudo isso me parece uma enorme contradiçãoque uma pessoa progressista e que busca mu<strong>da</strong>nças, que não temea novi<strong>da</strong>de, que se sente mal com as injustiças, que se ofendecom as discriminações, que se bate pela decência, que luta contraa impuni<strong>da</strong>de, que recusa o fatalismo cínico e imobilizante, nãoseja criticamente esperançoso (FREIRE, 1996, p. 72).Assim, é com a esperança renova<strong>da</strong> pelas possibili<strong>da</strong>des de mu<strong>da</strong>nçasque as práticas sociais podem viabilizar, advin<strong>da</strong>s <strong>da</strong> execução de projetosque resultam em relevantes impactos sociais a partir do engajamento dosdiversos atores sociais envolvidos em seu desenvolvimento, no nosso casoo Programa Segundo Tempo, que conclamamos a todos a continuaremacreditando no trabalho desenvolvido, bem como em nossa contribuiçãoeducacional, por menor que seja, pela garantia do acesso à prática esportivaa um contingente significativo <strong>da</strong> população brasileira, em especial àquelesAMAURI APARECIDO BÁSSOLI DE OLIVEIRA EGIANNA LEPRE PERIM (ORGANIZADORES)39Liv-3 Amauri - atualizado 14.07.09.indd Sec1:39 11/11/2009 10:16:06

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