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egritei — “quero dizer o Alasca, é claro”.<br />
Ele ninou calmamente o seu copo e, assentindo com a cabeça<br />
sensata, replicou: “Bem, acho que deve ter cortado na tampa da lata. Ele<br />
perdeu o braço na Itália.”<br />
Lindas amendoeiras cor de malva em flor. Um braço<br />
surrealisticamente arrancado pendendo da malva pontilhista. A<br />
tatuagem de uma garota na mão. Dolly reapareceu, Billy remendado<br />
com um curativo. Ocorreu-me que sua beleza ambígua, castanha e<br />
pálida excitava o aleijado. Dick, com um sorriso de alívio, levantou-se.<br />
Achava que era hora de ele e Bill voltarem para o serviço e acabarem<br />
logo de dar um jeito naqueles fios. Achava que o sr. Haze e Dolly deviam<br />
ter muito o que conversar. E achava que tornaria a me ver antes de eu ir<br />
embora. Por que essas pessoas acham tanto e se barbeiam tão pouco, e<br />
cultivam tanto desprezo pelos aparelhos de surdez?<br />
“Sente-se”, disse ela, batendo audivelmente em seus próprios<br />
quadris com as palmas das mãos. Tornei a desabar na cadeira de<br />
balanço.<br />
“Quer dizer que você me traiu? E para onde vocês foram? Onde ele<br />
está agora?”<br />
Ela pegou um instantâneo côncavo e brilhante na prateleira acima da<br />
lareira. Uma velha vestida de branco, corpulenta e baixa, radiante, de<br />
pernas tortas e vestido curto demais; um velho em mangas de camisa,<br />
bigode pendente, corrente de relógio. Seus sogros. Que viviam em<br />
Juneau com a família do irmão de Dick.<br />
“Tem certeza que não quer fumar?”<br />
Ela própria estava fumando. Primeira vez que eu a via fumar. Streng<br />
verboten sob o tacão de Humbert o Terrível. Graciosamente, cercada de<br />
uma neblina azul, Charlotte Haze ascendeu de sua cova. Eu sempre<br />
poderia encontrá-lo através do tio Ivor, se ela não cooperasse.<br />
“Traí você? Não.” Ela apontou o dardo do seu cigarro, freneticamente<br />
cutucado pelo indicador, na direção da lareira exatamente como a mãe,<br />
e então, precisamente como a mãe, ó Deus, descolou e removeu com a<br />
unha um fragmento de papel do lábio inferior. Não. Ela não me traíra. Eu<br />
estava entre amigos. Edusa lhe avisara que Q gostava de garotas novas,<br />
e quase fora preso por isso uma vez, na verdade (e que bela verdade), e<br />
ele sabia que ela sabia. Sim... Cotovelo na palma, baforada, sorriso,<br />
emissão de fumaça, gesto dardejante. Contornos reminiscentes. Ele via<br />
— sorrindo — através de tudo e todos, porque não era igual a mim ou a<br />
ela, mas um gênio. Muito boa-praça. Agradável e engraçado. Rolara de<br />
rir quando ela lhe contara o que acontecia entre mim e ela, bem que ele<br />
tinha desconfiado. E não havia problema nenhum, naquelas<br />
circunstâncias, em contar para ele...<br />
Pois bem, Q... — todo mundo o chamava de Q —