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BRASIL

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anos 1970, o país foi duramente afetado pelas crises mundiais do petróleo.<br />

Isto causou retrações que contribuíram para o enfraquecimento e queda do<br />

regime ditatorial em meados dos anos 1980. A sequência histórica desde a<br />

transição até a atualidade indica que a tendência geral era a de consolidação<br />

da aceleração da produção de riquezas nacionais. A média de crescimento<br />

anual do Produto Interno Bruto (PIB) apresentou-se modestamente próxima<br />

de 1,7 % durante os anos 1990. Já na década seguinte, esta marca salta<br />

para 3,3%, nível que temsido mantido nos anos de 2010, como indica a sensível<br />

elevação desta taxa, até o momento, para 3,5% (IPEADATA, 2014).<br />

Tabela 1. O ritmo do crescimento econômico brasileiro.<br />

Ano<br />

Média de crescimento anual – PIB Brasil<br />

1970-79 8,9 %<br />

1980-89 3,0 %<br />

1990-99 1,7 %<br />

2000-09 3,3 %<br />

2010-13 3,5 %<br />

Fonte: Ipeadata, 2014<br />

Paralelamente, ocorria uma desaceleração do crescimento populacional<br />

no país. Se na década de 1980 foi registrada uma média de 1,93 % no<br />

incremento anual do número de habitantes, os anos 2000 apresentaram o<br />

histórico recorde negativo de 1,17 % para a mesma medição (IBGE, 2010). A<br />

combinação deste quadro com o de aceleração do PIB resultou em melhoras<br />

inéditas no PIB per capita, isto é, na abstrata equânime divisão do total da<br />

riqueza produzida pela população nacional. O valor salta de R$ 17.240 por<br />

habitante em 1990 para R$ 23.870 em 2010 (IPEADATA, 2014).<br />

O PIB per capita, contudo, apresenta uma falsa perspectiva sobre a<br />

questão distributiva, pois se restringe a uma mera operação matemática que<br />

demonstra tão somente o potencial de compartilhamento do PIB. Assim,<br />

outros indicadores são mais apropriados para tratar da real distribuição de<br />

renda, como por exemplo o coeficiente de Gini. Os dados disponíveis para<br />

as últimas décadas apontam para a gradual diminuição das desigualdades<br />

entre ricos e pobres, representada por uma queda do coeficiente de 0,636,<br />

registrada em 1989, para 0,531, em 2011 (IPEADATA, 2014).<br />

Embora o coeficiente de Gini seja importante para aferir desigualdades,<br />

ele também apresenta problemas. O principal deles é a base dos dados<br />

utilizada, ou seja, a autodeclaração dos rendimentos domiciliares por amostragem<br />

produzida pelo IBGE, fazendo com que as rendas de capital sejam<br />

subestimadas. Alguns autores têm reivindicado a utilização de indicadores<br />

204 Metropolização e Megaeventos

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