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pista de atletismo –, para dar lugar a uma arena multiuso, reduzida para<br />

50 mil espectadores, com outro programa de uso e gestão privada, que<br />

inclui espaços para shows, museu, restaurantes e centro de convenções,<br />

entre outros atributos a serem comercializados. (CONSÓRCIO..., 2013)<br />

A demolição ocorreu em 29 de agosto de 2010, por meio de contratação<br />

em regime de parceria público-privada (PPP), na modalidade concessão<br />

administrativa, incluindo, também, reconstrução, gestão e manutenção<br />

do novo estádio-arena. A concessão do governo baiano foi indicada para<br />

o consórcio formado pelas empresas Odebrecht e OAS. 14 O valor total<br />

estimado para a reconstrução do equipamento foi de R$ 591,7 milhões,<br />

incluindo elaboração de projetos, licenciamentos, demolição, construção e<br />

agenciamento de áreas externas de entorno. Para sua construção, foram<br />

viabilizados financiamentos específicos por meio de Programa do BN-<br />

DES, o ProCopa Arenas, programa nacional de apoio a projetos de construção<br />

e reforma das novas arenas, em até 75% do valor, incluindo a<br />

urbanização do entorno. A Concessionária Fonte Nova Participações S/A<br />

foi contratada em janeiro de 2010, pelo prazo de 35 (trinta e cinco) anos,<br />

para reconstruir e operar essa Arena Multiuso, a partir da sua inauguração,<br />

que ocorreu em 5 de maio de 2013. O valor da contraprestação anual foi fixado<br />

em R$ 107,32 milhões, a ser adimplida durante 15 anos, a partir do início<br />

das operações, o que perfaz um montante de R$ 1.609, 8 milhões a ser pago<br />

com recursos públicos pela sua gestão (BAHIA, 2009).<br />

Quanto à mobilidade, na capital baiana, o acordo para sediar a<br />

Copa 2014 previa inicialmente financiamento de R$ 541,8 milhões para<br />

o sistema de conexão do Aeroporto Internacional de Salvador à Zona<br />

Norte da cidade. Essa intenção foi modificada para uma proposta mais<br />

ampla de mobilidade urbana, conforme foi publicado pelo governo da<br />

Bahia no Edital de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI),<br />

no final de março de 2011. Esse Edital previa a obtenção de estudos preliminares<br />

de viabilidade e a definição do modal (BRT ou VLT) integrado<br />

ao metrô, incluindo a modelagem econômico-financeira e jurídica para<br />

implantar e operar o sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas. 15<br />

14 O novo projeto para a Arena Fonte Nova foi selecionado dentre sete empresas de engenharia,<br />

que participaram do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) realizado pelo<br />

governo do Estado da Bahia, Edital 01/2009. A avaliação das propostas foi realizada pelo núcleo<br />

técnico constituído pelo governo do Estado, que contou com o suporte da FIA (Fundação Instituto<br />

de Administração, da USP). O projeto arquitetônico vencedor e que está sendo executado<br />

é o da empresa Setepla Tecnometal Engenharia, Marc Duwe e Schulitz + Partner, baseado no<br />

modelo da AWD Arena, da cidade alemã de Hannover. (SETEPLA TECNOMETAL ENGENHA-<br />

RIA, 2009)<br />

15 Quanto à questão da mobilidade urbana, a prioridade indicada é para a Avenida Paralela,<br />

principal ligação entre o Aeroporto e o Centro Antigo, nas proximidades da arena onde acontecerão<br />

os jogos. Segundo declarações do Secretário da SECOPA, Ney Campelo, na ocasião: “O<br />

BRT traz como vantagens a tecnologia nacional e maior rapidez de execução – e isto para a<br />

Copa é muito importante – e o fato de ser bem mais barato que um metrô, por exemplo, ou que<br />

Afinal, o que ficou da Copa 2014 para as Cidades-Sede no Brasil? 447

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