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BRASIL

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Tabela 5. Setorização de investimentos em Belo Horizonte<br />

Setor Valor investido Participação relativa<br />

Mobilidade Urbana 1.350.700.000 52,50%<br />

Transporte de Massa 855.600.000 33,26%<br />

Sistema Viário 465.100.000 18,08%<br />

Outros 30.000.000 1,17%<br />

Estádio 695.000.000 27,01%<br />

Infraestrutura Aeroviária 508.600.000 19,77%<br />

Infraestrutura do Turismo 18.500.000 0,72%<br />

Total 2.572.800.000 100%<br />

FONTE: Elaboração própria com dados da página da Copa 2014 do Governo Federal: http://www.<br />

copa2014.gov.br/pt-br/sobre-a-copa/matriz-de-responsabilidades. Acesso em 02 ago. 2013.<br />

O montante de recursos para a realização da Copa do Mundo no Brasil<br />

está no mínimo atualizado em agosto de 2013 em R$ 26 bilhões, e pode<br />

aumentar ainda mais. A cada atualização de dados no Portal da Transparência<br />

Copa 2014, verificaram-se aumentos nas projeções de gastos. A origem<br />

principal do financiamento são bancos públicos (BNDES, Caixa Econômica<br />

Federal e Banco Nacional do Nordeste), demonstrando o peso do apoio do<br />

Governo Federal na promoção deste megaevento esportivo promovido pela<br />

FIFA. 5<br />

5 Uma análise aprofundada dos investimentos no setor turístico demandaria espaço maior na<br />

discussão aqui proposta, constituindo-se como um capítulo à parte. Não deve-se negligenciar,<br />

contudo, que com a aprovação da chamada Lei dos Hotéis, em Belo Horizonte (Lei Municipal<br />

Nº 9.952 de 05 de julho de 2010), ficou instituída a Operação Urbana de Estímulo ao Desenvolvimento<br />

da Infraestrutura de Saúde, de Turismo Cultural e de Negócios. Como desdobramento<br />

desta, tem-se que os parâmetros urbanísticos previstos nesta Operação Urbana sobrepõem-se<br />

àqueles previstos na legislação urbanística municipal, ensejando ao investidor aumentar a área<br />

construída do terreno a partir da liberação de um coeficiente de aproveitamento igual a 5,0 para<br />

novos empreendimentos hoteleiros na cidade (bastante superior aos coeficientes médios da<br />

cidade, que variam entre 0,5 e 3,0). Vários dos novos hotéis em construção em Belo Horizonte<br />

aproveitaram-se desse estímulo, o que certamente já vem gerando importantes impactos urbanísticos<br />

e paisagísticos na cidade. Além disso, como aponta o estudo Placar da Hotelaria 2015:<br />

Projeção da taxa de ocupação nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo no Brasil – realizado pelo<br />

Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil em parceria com a consultoria Hotel Invest e com o<br />

apoio do Senac São Paulo –, Belo Horizonte possui alto risco de superoferta hoteleira em 2015<br />

nas categorias econômicas (previsão 49% de ocupação) e midscale (previsão 43% de ocupação),<br />

revelando um possível descompasso entre a corrida pela ampliação acelerada da capacidade<br />

hoteleira (estimulada, dentre outros fatores, pela Lei dos Hotéis) e a demanda real da cidade<br />

pós-evento.<br />

Impactos Socioeconômicos e Urbanos da Copa do Mundo 2014 em Belo Horizonte 229

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