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BRASIL

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mação intraurbana, que pretendia modificar a história dos investimentos<br />

públicos existentes ali, e que possibilitaria fazer também a leitura do panorama<br />

estadual de ações que integrariam a região metropolitana, de fato, e<br />

esses investimentos também significariam a perda de elementos culturais<br />

importantes na cidade.<br />

Esse jogo, marcado por investimentos urbanos que ocorreram a princípio<br />

de maneira lenta, segue empatado; por um lado investimentos públicos<br />

fazem com que a infraestrutura na cidade possa atender à necessidade<br />

de moradia e trabalho, por outro lado, a instalação dessa nova estrutura<br />

fortalece grupos econômicos que passam a agir nesses espaços públicos,<br />

integrando projetos de construção que empregam o capital de empresas<br />

privadas em empreendimentos lucrativos, remodelando a dinâmica imobiliária<br />

de Cuiabá.<br />

A prorrogação do jogo: Cuiabá<br />

e a Copa do Mundo em 2014<br />

Na prorrogação entram debates que compõem a nova forma de estruturação<br />

e reestruturação de uma cidade, atrelado aos investimentos ligados não<br />

apenas ao campo político, na realização de uma eleição, mas a todo aparato<br />

econômico de desenvolvimento que se vincula também aos investimentos<br />

no campo imobiliário realizados por grupos que detêm o poder no Estado.<br />

Na oportunidade de lançar Cuiabá como uma das cidades-sede da<br />

Copa do Mundo em 2014, encontra-se um meio para fazer com que novos<br />

projetos urbanos pudessem ser criados e, vendendo a imagem do Pantanal<br />

e da Chapada dos Guimarães, possibilitaria modernizar pela segunda vez<br />

a capital do Estado, abrindo espaços para os investimentos na escala estadual<br />

que melhorariam o sistema de transporte rodoviário, viabilizariam um<br />

novo e moderno sistema de transporte intraurbano – instalação de viadutos<br />

e trincheiras para ordenar o aumento do fluxo de automóveis urbanos –,<br />

bem como aumentar a oferta de lazer.<br />

Todos esses investimentos viriam com a candidatura de Cuiabá como<br />

cidade-sede da Copa do Mundo em 2014 e abririam possibilidades de ampliação<br />

de negócios no Estado de Mato Grosso, pois, com a destinação de<br />

recursos públicos para dinamizar a área urbana da cidade, outros investimentos<br />

poderiam ser realizados pelo governo estadual que pudessem aplicar<br />

recurso no desenvolvimento de sua matriz econômica: o agronegócio,<br />

na instalação de hidrovias e também no deslocamento da Ferronorte – ferrovia<br />

que leva os produtos agrícolas a importante área portuária do país e<br />

que no momento encontra-se parada em Alto Taquari-MT, próximo à divisa<br />

com o estado de Goiás – para áreas-polo, tais como Rondonópolis e Cuiabá.<br />

Cuiabá-MT em Jogo: a reestruturação urbana em virtude da Copa do Mundo em 2014 265

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