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BRASIL

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que planos, é formado por diagnóstico, projetos, políticas, ações, avaliações<br />

e revisões num ciclo contínuo.<br />

O planejamento urbano no Brasil sempre foi tratado de forma secundária<br />

pelos gestores governamentais. Estes sempre preferiram executar projetos<br />

numa visão de curto prazo, para solucionar, de imediato, problemas já<br />

agravados e, quando se pensava um planejamento de forma mais geral, que<br />

abrangendo toda a cidade (ou mesmo uma região), em curto, médio e longo<br />

prazos, as ações neste sentido tendiam a ser desconsideradas.<br />

Apesar de todo o discurso do governo e da FIFA quanto aos benefícios<br />

de sediar um evento deste porte e o legado pós-evento, questionamos<br />

se cidades sem tradição em futebol, como Brasília, realmente comportarão<br />

Arenas tão grandes, sem se tornarem locais abandonados ou com pouquíssimo<br />

uso, acarretando mais um custo para os cofres públicos e, consequentemente,<br />

para a população.<br />

Em relação a Brasília, a questão de mobilidade será o grande entrave<br />

para aqueles que virão e para a população durante o evento, pois pouco será<br />

feito para melhorar a infraestrutura atual, já ruim e supersaturada. Vemos<br />

que apesar da oportunidade de investimentos no setor, proporcionado pelo<br />

governo federal a fim de melhorar as condições das cidades-sede, essa não<br />

foi aproveitada pelo governo local. Outra questão que deve estar no rol de<br />

temas críticos é a falta de participação popular e integração da população<br />

no evento. Como o discurso do governo local é “a Copa em 3 quilômetros”, a<br />

população está totalmente desconectada e excluída do processo de planejamento<br />

e decisão, cabendo tudo aos gestores locais do evento.<br />

Os desafios são imensos. As mudanças, de certa forma, acontecerão<br />

de maneira rápida, mas farão parte de um processo. Os munícipes precisarão<br />

estar integrados e preparados para seu papel, o que requer medidas<br />

eficazes para levar conhecimento às diversas camadas sociais e às diversas<br />

localidades. Também os técnicos e os políticos deverão estar preparados<br />

para enfrentar estes novos desafios de como lidar com a população numa<br />

relação de conflitos de interesses, disputas e divergências, como é o caso de<br />

Regiões Metropolitanas.<br />

Agradecimentos<br />

Agradecemos ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico<br />

– CNPq, ao Decanato de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade<br />

de Brasília – DPP – UnB e a Financiadora de Estudos e Projeto – FINEP,<br />

por financiarem este projeto de pesquisa.<br />

Agradecemos também aos alunos da disciplina de Gestão Ambiental<br />

Urbana e Regional, do curso de Gestão Ambiental da Faculdade UnB Pla-<br />

Copa do Mundo de 2014 em Brasília, no Centro-Oeste do Brasil 255

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