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BRASIL

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da exposição internacional e nacional do destino Brasil e da “venda” direta<br />

do produto “Recife” de forma articulada ao evento. A primeira forma se fez<br />

através da presença de stands do país e das cidades-sede em feiras nacionais<br />

e internacionais, como forma de apresentar os atrativos locais e atrair turistas<br />

e agencias que consumam e comercializem o produto local. A exemplo disso,<br />

o GOAL to Brasil, ação de promoção internacional das 12 cidades-sede como<br />

destinos turísticos, teve em cada país visitado um estado anfitrião.<br />

Num outro patamar de fortalecimento da imagem do Estado, o diálogo<br />

com a MATCH Connections, empresa oficial da FIFA responsável por<br />

trazer as delegações e comercializar pacotes, serviços e pela montagem de<br />

estruturas oficiais do mundial, se fez com o intuito de atrair delegações –<br />

Como os Estados Unidos, México e Chile – para se hospedarem no Recife,<br />

apresentando o destino como melhor opção. Com tal ação se esperaria<br />

atrair também um maior número de visitantes, como as equipes técnicas,<br />

torcedores, jornalistas, entre outros, que pudessem passar um maior número<br />

de dias na cidade, consumindo o produto turístico local, deixando seu<br />

capital e promovendo a cidade.<br />

No entanto, as más experiências e a péssima imagem passada com<br />

a Copa das Confederações, como as várias reportagens, nacionais e internacionais,<br />

publicadas durante e após o evento que apontaram problemas,<br />

principalmente relacionados à infraestrutura e mobilidade – tanto para turistas<br />

quanto para as delegações, especificamente as seleções do Uruguai e<br />

da Espanha –, além dos problemas relacionados a um suposto furto e a prostituição<br />

em festa particular comemorativa da seleção espanhola, que tomaram<br />

grande repercussão negativa para a cidade. Tal fato parece ter afastado<br />

as delegações da cidade, não havendo, até onde se sabe, seleções previstas<br />

para se instalar em Recife durante a Copa do Mundo em 2014, apesar de ter<br />

oito seleções que jogarão na Arena Pernambuco.<br />

A Copa e a prostituição e a exploração sexual<br />

O desenvolvimento econômico esperado nas cidades-sede da Copa 2014<br />

articula-se à pratica capaz de gerar polêmicas, debates teóricos e práticos<br />

entre estudiosos, profissionais, movimentos sociais e partidos políticos: a<br />

prostituição. Reconhecida como ocupação pelo Ministério do Trabalho e do<br />

Emprego (MTE/2001), através do Código Brasileiro de Ocupações/CBO, a<br />

prostituição inclui-se entre as atividades que geram renda às profissionais<br />

do sexo e à rede de turismo sexual.<br />

Em Recife, a prostituição teve um percurso histórico que foi impactado<br />

pela intervenção estatal no espaço urbano. Nos anos 1990, em função do<br />

Projeto de Revitalização do Recife Antigo, os impactos sobre a configuração<br />

da metrópole visavam enfrentar a progressiva decadência da área portuá-<br />

402 Metropolização e Megaeventos

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