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BRASIL

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priorização de subsídios às novas centralidades criadas sob a governança<br />

corporativa estabelecida entre os interesses econômicos e políticos do segmento<br />

imobiliário e de um número limitado de empresas ligadas à construção<br />

civil do que ao amplo processo de reestruturação da dinâmica urbana<br />

da cidade-sede, legitimada e possibilitada pelo discurso em torno das oportunidades<br />

de desenvolvimento econômico e do legado que o megaevento<br />

possa deixar.<br />

A governança da Copa do Mundo para o setor turístico, ao contrário<br />

do que acontece com os demais setores – imobiliário e da construção civil<br />

–, pode ser considerada como frágil, no que se refere à articulação e coordenação<br />

das ações de governo, setores privados e representantes da sociedade<br />

civil. A ausência ou demora nas intervenções urbanas ligadas ao legado da<br />

Copa 2014 tem criado um ambiente de incerteza sobre os efeitos e oportunidades<br />

a serem criadas para o setor.<br />

Dimensão urbana e ambiental: mobilidade,<br />

mercado imobiliário e conflitos socioambientais.<br />

Projetos de mobilidade e o reforço da<br />

centralidade do polo metropolitano<br />

Entre o anúncio da cidade-sede da Copa do Mundo 2014 e a Copa das Confederações<br />

2013, a Matriz de Responsabilidade do Governo Federal apresentou<br />

diversos projetos de mobilidade urbana a serem executados na Região<br />

Metropolitana de Natal, com obras relacionadas à adequação de vias e de<br />

construção de novos modais. Ao todo estavam previstas 16 obras para a cidade-sede<br />

e entorno até o megaevento, ficando 11 sob a responsabilidade<br />

da prefeitura e as demais pelo governo do estado. No âmbito da prefeitura<br />

de Natal, as obras estavam avaliadas em R$ 338 milhões oriundos do PAC<br />

Mobilidade e tendo como contrapartida R$ 45 milhões.<br />

Em fevereiro de 2014 estavam sendo executadas sete obras, sendo que<br />

entre estas, quatro estão na Matriz de Responsabilidades desde o anúncio<br />

da cidade-sede, como: 1) o aeroporto de São Gonçalo do Amarante; 2) o Terminal<br />

Marítimo de Passageiros; 3) o prolongamento da Prudente de Morais;<br />

e, 4) o acesso viário ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante pela BR 406<br />

(Figura 4) Entretanto, passados quase quatro anos, as obras ainda não foram<br />

concluídas, devido aos imbróglios envolvendo projetos executivos, contratação<br />

de empresas de consultoria/engenharia e a figuração do município no<br />

Cadastro Único de Convênios do Governo Federal de forma negativa.<br />

352 Metropolização e Megaeventos

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