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BRASIL

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sobre os recursos distribuídos no contexto nacional, com este mesmo propósito.<br />

Em seguida, apresentam-se as características da forma estabelecida<br />

de parceria entre o Estado e o setor privado e discutem-se as repercussões<br />

dos investimentos públicos e privados na geração de emprego e renda, neste<br />

município. O núcleo do artigo consiste na avaliação dos impactos socioeconômicos<br />

e urbanos da realização da Copa do Mundo – 2014, em Belo<br />

Horizonte, elaborado por intermédio de discussão da forma como as intervenções<br />

previstas para a Copa do Mundo FIFA 2014 se articulam à política e<br />

à dinâmica urbana desta cidade-sede, bem como nos fatores que envolvem<br />

setores e sujeitos sociais que estão sendo ou serão beneficiados e/ou impactados<br />

negativamente pelas mesmas. A título de conclusão, apresentam-<br />

-se algumas reflexões de teor mais crítico relativas às perspectivas para Belo<br />

Horizonte ante o desdobramento dos impactos da Copa do Mundo. 4<br />

Investimentos e fontes dos recursos<br />

Os valores apurados referentes aos investimentos ligados à realização da<br />

Copa do Mundo, em Belo Horizonte, colocam em evidência o poder público<br />

federal como protagonista desta cena. Estão previstos pouco mais de R$ 2,7<br />

bilhões entre financiamentos e investimentos na cidade-sede de Belo Horizonte,<br />

sendo aproximadamente 75% oriundos do governo federal. Deste total,<br />

R$ 1.409.800.000,00 são na forma de investimentos com financiamento<br />

federal, sendo que R$ 400 milhões (ou 28%) provêm de recursos do BNDES<br />

para obras de reforma e adaptação do Mineirão. O restante é referente às<br />

obras de mobilidade urbana, financiadas pela Caixa Econômica Federal.<br />

As Tabelas 1 e 2 apresentam a previsão, em agosto de 2013, de aplicação<br />

de recursos vinculados aos empreendimentos da Copa 2014 no Brasil,<br />

segmentada pelas cidades-sede e pela fonte do recurso (financiamento federal<br />

e aplicação direta de recursos pelos governos federal, estadual, municipal,<br />

distrital e outros). Quanto ao número de ações e empreendimentos<br />

previstos, Belo Horizonte apresenta 26, abaixo de Porto Alegre (27), Recife<br />

(30), Curitiba (31) e Salvador (32). Entretanto, no que tange ao total de<br />

recursos previstos, Belo Horizonte aparece na terceira posição, com R$<br />

4 Os dados e informações trabalhados foram extraídos, predominantemente, de fontes oficiais.<br />

Particularmente, recorreu-se aos Portais da Transparência da Copa 2014 nas esferas federal,<br />

estadual e municipal. Entretanto, cabe ressaltar que ainda são insatisfatórias as informações<br />

disponíveis sobre os investimentos públicos relacionados aos megaeventos no país: as mesmas<br />

são insuficientes, superficiais, muitas vezes desatualizadas, e, não raro, contraditórias. Disso<br />

decorre a constatação da necessidade eventual de mesclá-los àqueles disponibilizados por<br />

fontes alternativas, bem como a da precariedade informativa, que dificulta o monitoramento<br />

social dos processos em curso nesta cidade-sede e no país e impede que se conceba um quadro<br />

preciso acerca dos investimentos associados à Copa do Mundo.<br />

222 Metropolização e Megaeventos

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