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BRASIL

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Nas obras para as Olimpíadas o modelo de gestão de parcerias público-privadas<br />

esta sendo ainda mais utilizado e diversificado. O projeto do<br />

Porto Maravilha, maior PPP em curso no Brasil, é gerido pela Concessionária<br />

Porto Novo 29 , responsável pelas obras de revitalização, e pela operação e<br />

manutenção de serviços públicos como limpeza, iluminação, sistema viário<br />

e saneamento básico. A PPP do Parque Olímpico, a segunda maior do país,<br />

segue o modelo do Projeto Porto Maravilha e concede serviços e a gestão de<br />

uma grande área urbana da cidade à iniciativa privada. No setor de transportes,<br />

também destacam-se duas PPPs, vinculadas à implantação e gestão<br />

do BRT Transolímpica e do VLT do Centro.<br />

Mas a parceria com a iniciativa privada também aciona o modelo tradicional<br />

das concessões. Este é o caso da Linha 4 do Metrô, que estende seus<br />

trilhos subterrâneos até a Barra da Tijuca com uma concessão da sua gestão<br />

por mais 20 anos, até 2038, e o da gestão dos serviços de saneamento básico<br />

da AP5, região que inclui 21 bairros na Zona Oeste e que equivale a 48% da<br />

área do município.<br />

Também é importante observar que as parcerias público-privadas<br />

não se concentraram em uma única região do país. Estádios das regiões Sudeste<br />

e Nordeste já foram privatizados e existe a possibilidade de acontecer<br />

o mesmo em outras regiões.<br />

Em relação aos aeroportos, não aconteceu a mesma dispersão nacional,<br />

mas o contexto dos megaeventos possibilitou as primeiras concessões.<br />

Além de abrir a possibilidade da entrada do capital privado neste setor, os<br />

primeiros aeroportos concedidos eram os mais importantes e com maior<br />

fluxo de passageiros, consequentemente, com maior movimentação financeira.<br />

Portanto, futuras privatizações de outros aeroportos não estão<br />

descartadas.<br />

Já as Olimpíadas foram responsáveis pela diversificação da utilização<br />

deste modelo de gestão por um maior número de atividades. A gestão de<br />

grandes áreas urbanas, envolvendo outros serviços públicos, foi concedida<br />

à iniciativa privada.<br />

O quadro apresentado evidencia que a difusão de modelos de gestão<br />

de parcerias público-privadas foi impulsionada e favorecida pelo contexto<br />

dos megaeventos esportivos no Brasil. As reformas dos estádios transformaram-nos<br />

em modernas arenas multiuso com grandes perspectivas de<br />

retorno financeiro, despertando o interesse da iniciativa privada. Aeroportos<br />

foram concedidos na esperança da confirmação do aumento do fluxo de<br />

passageiros. Em geral, as privatizações são justificadas por dois argumentos:<br />

a suposta ineficiência do poder público e a ausência de recursos públicos<br />

para garantir um fluxo de investimentos necessários para a eficiência na ges-<br />

29 Consórcio vencedor da licitação composto pelas construtoras: OAS LTDA, Norberto Odebrecht<br />

Brasil S.A. e Carioca Christiani-Nielsen Engenharia S.A.<br />

Impactos Econômicos dos Megaeventos no Brasil 73

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