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BRASIL

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Por outro lado, na Regional Norte tem-se o turismo na Chapada dos<br />

Guimarães com a duplicação da principal via de acesso, que, até a saída para<br />

a Hidrelétrica de Manso, já encontra-se finalizada cerca de 10 km. Mas a<br />

obra até a cidade de Chapada encontra-se no plano de investimentos para<br />

os próximos anos. Em dezembro/2013 e Janeiro/2014 foram realizadas audiências<br />

públicas para discutir a implantação de pedágio na Rodovia Emanuel<br />

Pinheiro que faz a ligação com um dos principais pontos turísticos do<br />

estado, sendo que na distância de 60km está sendo previsto o pedágio de 30<br />

reais entre ida e volta.<br />

Na Regional Norte, o trecho do anel viário faria a ligação com áreas do<br />

Sudoeste e o Sul do Estado, retirando o fluxo de caminhões que diariamente<br />

circulam por Cuiabá. Esse anel viário passaria próximo à Rodovia Emanuel<br />

Pinheiro, proporcionando a ampliação do perímetro urbano para áreas mais<br />

periféricas. Interessante destacar que, o anel viário da cidade passa por esses<br />

dois eixos de investimentos, tanto na Regional Sul quanto da Regional<br />

Norte, fortalecendo a tese sobre a estruturação que a cidade vem ganhando<br />

para viabilizar a passagem da produção do Estado para áreas portuárias do<br />

país, ao mesmo tempo que as áreas urbanas de Cuiabá e de Várzea Grande<br />

passam por transformações intraurbanas que vendiam o Pantanal como<br />

área de turismo. No entanto, nota-se que pouco, ou, até o momento, nada<br />

foi investido para receber os turistas no Pantanal, mas podemos perceber<br />

que as obras de duplicação da BR-163 e BR-364, que escoam a produção<br />

agrícola do Estado, passam a ser operacionalizadas em até dois anos.<br />

5º lance: a torcida – e onde está o direito à cidade?<br />

Nos investimentos que estão ocorrendo na cidade, podemos notar a nossa<br />

territorialidade criada no Estádio do José Fragelli – Verdão que, agora, seguindo<br />

um padrão de estádios/espaço multiuso, passa a ser denominado de<br />

Arena Pantanal, que se configura um elefante branco frente ao emprego de<br />

recurso público que deveria atender aos interesses da maioria da população.<br />

Tendo em vista a função de espaço de partidas de futebol, há pouco investimento<br />

nesse tipo de esporte no estado e, não raro, jogadores são notícias por<br />

ter salários atrasados, há também falta de uma política esportiva no Estado<br />

que incentive a torcida a frequentar a Arena em dia de jogo e não apenas em<br />

shows. Mas ser um dos elefantes brancos da Copa do Mundo é saber dessa<br />

conjuntura, na qual, no Estado de Mato Grosso, o time que entrou para a<br />

série B é o Luverdense de Lucas do Rio Verde e, mesmo assim, optar pela demolição<br />

do Verdão e o investimento de 538 milhões de reais em um estádio<br />

que poderia ser aproveitado.<br />

Cuiabá-MT em Jogo: a reestruturação urbana em virtude da Copa do Mundo em 2014 273

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