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BRASIL

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plagiada por Shakira, “Waka-Waka: Agora pela África” e a versão de “Wavin’<br />

Flag” do artista K’naan tocavam continuamente na rádio e na televisão. 56<br />

Na Cidade do Futebol em Johanesburgo, 84.490 espectadores assistiram<br />

o time sul-africano liderar uma partida contra um grande nome, o México,<br />

nos últimos 55 minutos de jogo acompanhados do barulho incessante<br />

das vuvuzelas. 57 A Times descreve o esforço do Siphiwe Tshabalala como<br />

“um gol especial, um momento especial: simplesmente maravilhoso”. 58 O<br />

jogo terminou em empate 1-1. No dia seguinte, as manchetes sul-africanas<br />

exclamaram “finalmente chegamos – como uma nação de primeiro<br />

mundo” 59 , “o dia em que ganhamos respeito” e o torneio representou “um<br />

grande salto para a África”. 60 O chefe executivo do comitê organizador local,<br />

Danny Jordaan, anunciou que os anfitriões “continuaram a provar que<br />

os detratores estavam errados [e mudaram] a percepção que a África e os<br />

africanos não executariam o evento com êxito onde outros atores globais<br />

tiveram sucesso”. 61 O Prefeito de Londres, Boris Johnson, comentou que “a<br />

FIFA fez uma decisão inspiradora ao entregar a Copa do Mundo à África do<br />

Sul, e a África do Sul respondeu brilhantemente”. 62 Com a imagem positiva<br />

que a mídia mundial reportou, a mídia e os organizadores locais conectaram<br />

inextricavelmente a percepção do continente ao sucesso do evento.<br />

O Cape Times comentou que a Copa do Mundo “expõe uma nova África…<br />

mudou a reputação da África na Europa Ocidental… [e] demonstra grande<br />

competência [e] modernidade”. 63 A City Press exclamou que “o maior legado<br />

é abandonar a teoria de que a derrota é inevitável”. 64<br />

A culminação do torneio foi comentada pelo Sunday Independent<br />

como “o momento do maior orgulho africano” 65 e a The Star sugeriu “uma<br />

nova era para África do Sul, com apenas 16 anos de idade e agora a favorita<br />

do planeta. Foi a África que pediu uma chance... e foi a África que conquistou<br />

esse momento”. 66 Por fim, o Presidente da FIFA, Sepp Blatter, comentou<br />

56 Jennifer Doyle, World Cup Music and Football Noise: The Lion King. Waka Waka, and the Vuvuzela<br />

in Peter Alegi and Chris Bolsmann (eds.) Africa’s World Cup: Critical Reflections on Play,<br />

Patriotism, Spectatorship, and Space. Ann Arbor, 2013.<br />

57 Ver Solomon Waliaula The Vuvuzela as Paradox of Leisure and Noise: A Sociocultural Perspective<br />

in Peter Alegi and Chris Bolsmann (eds.) Africa’s World Cup: Critical Reflections on Play,<br />

Patriotism, Spectatorship, and Space. Ann Arbor, 2013.<br />

58 The Times, June 12, 2010, p.14.<br />

59 Saturday Star, 12 June, 2010, p.16.<br />

60 The Sunday Independent. 13 June 2010, pp. 6-7.<br />

61 City Press, 27 June, 2010, p. 5.<br />

62 Sunday Times 4 July, 2010, p. 1.<br />

63 Richard Pithouse, Cape Times, 5 July, 2010, p. 9.<br />

64 City Press, 11 July, 2010, p. 4.<br />

65 Sunday Independent, 11 July, 2010, p. 14.<br />

66 The Star, 12 July, 2010, p.1.<br />

532 Metropolização e Megaeventos

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