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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

Capítulo 16 — Jacó e Esaú<br />

Este capítulo é baseado em Gênesis 25:19-24; 27.<br />

Jacó e Esaú, os filhos gêmeos de Isaque, apresentam um notável contraste, tanto no caráter como<br />

na vida. Esta dessemelhança foi predita pelo anjo de Deus antes de seu nascimento. Quando em resposta<br />

à aflita oração de Rebeca, Ele declarou que dois filhos lhe seriam dados, revelou-lhe a história futura dos<br />

mesmos, de que cada um se tornaria a cabeça de uma poderosa nação, mas que um seria maior do que o<br />

outro, e que o mais moço teria preeminência. Esaú cresceu amando a satisfação própria, e centralizando<br />

todo o seu interesse no presente. Não tolerando restrições, deleitava-se na liberdade selvagem da caça, e<br />

cedo escolhera a vida de caçador. Contudo, era o favorito do pai. O pastor silencioso e amante da paz era<br />

atraído pela ousadia e vigor desse filho mais velho, que destemidamente percorria montanhas e desertos,<br />

voltando para casa com caça para seu pai, e com narrativas sensacionais de sua vida aventurosa.<br />

Jacó,ponderado,diligente e cuidadoso,pensando sempre mais no futuro do que no presente,<br />

contentava-se com permanecer em casa, ocupado no cuidado dos rebanhos e no cultivo do solo. Sua<br />

paciente perseverança, economia e previsão eram apreciadas pela mãe. Suas afeições eram profundas e<br />

fortes, e suas atenções gentis e incansáveis contribuíam muito mais para a felicidade dela do que o fazia<br />

a amabilidade turbulenta e ocasional de Esaú. Para Rebeca, Jacó era o filho mais querido. As promessas<br />

feitas a Abraão e confirmadas a seu filho, eram tidas <strong>por</strong> Isaque e Rebeca como o grande objetivo de seus<br />

desejos e esperanças. Com estas promessas Esaú e Jacó estavam familiarizados. Foram ensinados a<br />

considerar a primogenitura como coisa de grande im<strong>por</strong>tância, pois que incluía não somente a herança<br />

das riquezas terrestres, mas a preeminência espiritual. Aquele que a recebia devia ser o sacerdote de sua<br />

família; e na linhagem de sua posteridade viria o Redentor do mundo. De outro lado, havia obriga- 148<br />

ções que repousavam sobre o possuidor da primogenitura. Aquele que herdasse suas bênçãos devia<br />

dedicar a vida ao serviço de Deus. Como Abraão, devia ser obediente aos mandos divinos. Em seu<br />

casamento, nas relações familiares, na vida pública, devia consultar a vontade de Deus.<br />

Isaque fez saber a seus filhos esses privilégios e condições, e claramente declarou que Esaú, como<br />

o mais velho, era o que tinha direito à primogenitura. Esaú, <strong>por</strong>ém, não tinha amor à devoção nem<br />

inclinação para uma vida religiosa. Os requisitos que acompanhavam a primogenitura espiritual eram<br />

para ele uma restrição im<strong>por</strong>tuna e mesmo odiosa. A lei de Deus, que era a condição do concerto divino<br />

com Abraão, era considerada <strong>por</strong> Esaú como um jugo de escravidão. Propenso à satisfação própria, nada<br />

desejava tanto como a liberdade para fazer conforme lhe agradasse. Para ele, poderio e riquezas, festas e<br />

orgias, eram felicidade. Ele se gloriava na liberdade sem restrições de sua vida selvagem e errante.<br />

Rebeca lembrava-se das palavras do anjo, e lia com mais clara penetração do que o fazia seu marido, o<br />

caráter de seus filhos. Estava convicta de que a herança da promessa divina destinava-se a Jacó. Ela<br />

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