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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

dificuldades e enfrentar o perigo; mas agora passara o ardor da juventude. Qualquer, no vigor da<br />

varonilidade, pode com coragem enfrentar dificuldades e aflições que lhe fariam desfalecer o coração em<br />

sua vida posterior, quando os pés estiverem vacilantes a caminhar para a sepultura. Mas Deus guardara<br />

Sua última e mais rigorosa prova a Abraão, até que o fardo dos anos fosse pesado sobre ele, e ele<br />

almejasse o repouso das ansiedades e trabalhos.<br />

O patriarca estava morando em Berseba,rodeado de prosperidade e honra. Era muito rico, e acatado<br />

pelos governadores da Terra como príncipe poderoso. Milhares de ovelhas e cabeças de gado cobriam as<br />

planícies que se estendiam para além de seu acampamento. De todos os lados estavam as tendas de seus<br />

dependentes, os lares, de centenas de servos fiéis. O filho da promessa havia crescido até à idade adulta<br />

ao seu lado. O Céu parecia ter coroado com sua bênção uma vida de sacrifício, ao su<strong>por</strong>tar pacientemente<br />

o adiamento das esperanças. Na obediência da fé, Abraão havia abandonado o país natal: afastara-se dos<br />

túmulos de seus pais, e do lar de sua parentela. Vagueara como um estrangeiro na terra de sua herança.<br />

Tinha esperado <strong>por</strong> muito tempo pelo nascimento do herdeiro prometido. Por ordem de Deus despedira<br />

seu filho Ismael. E agora, quando o filho que fora desejado durante tanto tempo chegava à varonilidade,<br />

e o patriarca parecia poder divisar os frutos de suas esperanças, uma prova maior do que todas as outras<br />

estava diante dele.<br />

A ordem foi expressa em palavras que deveriam ter contorcido angustiosamente aquele coração de<br />

pai: “Toma agora o teu filho, o teu único filho Isaque, a quem amas, [...] e oferece-o ali em holocausto”.<br />

Gênesis 22:2. Isaque era-lhe a luz do lar, a consolação da velhice, e acima de tudo o herdeiro da bênção<br />

prometida. A perda de tal filho <strong>por</strong> desastre, ou moléstia, teria despedaçado o coração do pai extremoso;<br />

teria curvado sua encanecida cabeça pela dor; entretanto, foi-lhe ordenado derramar o sangue daquele<br />

filho, com sua própria mão. Pareceu-lhe uma terrível impossibilidade. Satanás estava a postos para<br />

sugerir que ele devia estar enganado, pois que a lei divina ordena: “Não matarás” (Êxodo 20:13), e Deus<br />

não exigiria o que uma vez proibira. Saindo ao lado de sua tenda, Abraão olhou para o calmo resplendor<br />

do céu sem nuvens, e lembrou-se da promessa feita quase cinqüenta anos antes, de que sua semente seria<br />

numerosa como as estrelas. Se esta promessa devia cumprir-se <strong>por</strong> meio de Isaque, como poderia ele ser<br />

morto? Abraão foi tentado a crer que poderia estar iludido. Em sua dúvida e angústia prostrou-se em terra<br />

e orou, como nunca antes orara, pedindo alguma confirmação da ordem quanto a dever ele cumprir essa<br />

terrível incumbência. Lembrou-se dos anjos enviados para revelar-lhe o propósito de Deus de destruir<br />

Sodoma, e que lhe trouxeram a promessa<br />

deste mesmo filho Isaque, e foi para o lugar em que várias vezes encontrara os mensageiros<br />

celestiais, esperando encontrá-los outra vez, e receber algumas instruções mais; mas nenhum veio em<br />

seu socorro. As trevas pareciam envolvê-lo; mas a ordem de Deus estava a soar-lhe aos ouvidos: “Toma<br />

agora o teu filho, o teu único filho Isaque, a quem tu amas”. Gênesis 22:2. Aquela ordem devia ser<br />

obedecida, e não ousou demorar-se. O dia se aproximava, e ele devia estar a caminho.<br />

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